Como está sendo a retomada das atividades do comércio em Irati e quais cuidados continuam necessários?

Por Redação 4 min de leitura

Enquanto comerciantes tentam se recuperar dos prejuízos e voltar a contratar, autoridades sanitárias alertam que é preciso atenção nesta volta das atividades econômicas e sociais, pois a pandemia não acabou

O avanço da vacinação contra a Covid-19 e a diminuição de casos da doença tem possibilitado a retomada de diversas atividades econômicas e sociais. Em Irati, assim como no Paraná, as aulas presenciais foram retomadas no sistema híbrido, e medidas restritivas foram flexibilizadas, possibilitando, por exemplo, a reabertura do cinema.

A volta de atividades, mesmo com restrições, indica alguma recuperação para a economia local. Entretanto, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Irati (Sindirati), Airton Trento, os comerciantes ainda estão tendo dificuldades para recuperar o faturamento anterior à pandemia. “Estamos realizando vendas. Acredito que o comércio iratiense deve estar vendendo um pouco mais da metade do que vendia normalmente, antes da pandemia”, contou.

A esperança de faturamento neste mês de agosto teve como foco as vendas direcionadas ao Dia dos Pais. Para Airton, o resultado das vendas nesta data comemorativa foi positivo, apesar de ser totalmente diferente de anos anteriores à pandemia. “Ele teve um movimento maior que o normal, no tempo da pandemia – o novo normal. Ele foi positivo, sem dúvida nenhuma, vai agregar um aumento das vendas nesse mês por conta do Dia dos Pais. Lógico, não foi um absurdo a venda, porque o pessoal ainda está com esse receio de sair, entrar no estabelecimento e, de repente, contrair o coronavírus. O que acho que não ocorreu nas empresas”, explica.

Com o receio das pessoas, o comerciante também começa a controlar a compra de produtos de fornecedores, afetando também a indústria, que conseguiu retomar a produção. “As indústrias estão produzindo mais e já têm oferta para o empresariado de alguns materiais. Mas, nós empresários, sabemos que as indústrias estão se batendo. Vemos empresas grandes, o proprietário e o gerente geral têm visitado todas as empresas do país porque estão numa demanda para produção, sem uma perspectiva que possa ser correta. Hoje eles estão sem programação para um período pandêmico como o nosso. Não se sabe quanto produzir, qual será a demanda desse mês ou do mês que vem e está tudo na área da incerteza. Eles estão produzindo, nós estamos comprando. Eu, particularmente, estou comprando a metade do que comprava antes”, revela.

Os comerciantes acabam freando as compras com medo de futuras dívidas. “Nós temos que saber comprar para não ficarmos endividados. E para que não sobre estoque demais para uma demanda menor, logicamente, muito embora não saibamos mensurar o quanto menor. Se vai vender o mesmo tanto no mês que vem, nós não temos o histórico apropriado para fazer a avaliação. Mas temos a perspectiva de melhora”, afirma.

Mais do que vender, também é preciso recuperar as financias abaladas pelas medidas restritivas impostas no ano passado, além de ter que rever fornecedores, pois alguns fecharam e acabaram modificando o dia a dia de quem continuou com as atividades. “Vários empresários que forneciam para as empresas locais fecharam. Não tiveram essa sorte de terem caixa. Já estavam complicados com a situação econômica do país, com impostos elevados e vários problemas que já enfrentavam antes da pandemia. Com a pandemia, a situação do comércio foi ainda mais fragilizada”, relata o presidente.

O resultado é que a inseguranç