Colocar a mão na massa e fazer as reformas em casa tem sido uma boa opção na pandemia

Por Redação 4 min de leitura

A cultura do “faça você mesmo” está em alta e tem movimentado o segmento da construção civil na região Centro Sul nos últimos meses

A maioria das pessoas passou a ter mais tempo livre em casa nos últimos meses. De modo geral, a pandemia do novo coronavírus limitou o contato social, reduziu o volume de trabalho e ampliou o convívio familiar. Ao permanecer mais em casa, os reparos necessários saltaram aos olhos e as melhorias para deixar o ambiente mais agradável começaram a ser planejadas.  Pequenas reformas, serviços de marcenaria, decoração e paisagismo passaram a integrar o cotidiano de muitas pessoas, que têm colocado a mão na massa para fazer os reparos e melhorias. 

Elisângela Alves de Jesus é uma delas. Junto com o esposo Cleber Roberto Jonsson, ela já reformou os móveis da cozinha, ampliou a quantidade de armários para ter mais espaço para acomodar os utensílios domésticos e está alterando o design na sala. Uma textura está sendo feita em uma das paredes para que o espaço ganhe um visual mais moderno.

Ela conta que a ideia deles mesmos fazerem as melhorias em casa surgiu “para utilizar o tempo livre e, principalmente, devido aos altos custos da contratação de mão de obra”.

Assim como Elisângela e Cleber, muitas outras pessoas têm se dedicado às pequenas obras e serviços em casa. Nas redes sociais são inúmeros os vídeos e grupos que têm retomado a cultura do “faça você mesmo” (“do it yourself”), prática muito antiga e comum em vários países do exterior desde 1950, que foi repaginada a partir de 2005 nos Estados Unidos, como o movimento Maker. No Brasil, esta cultura tem se popularizado ao longo dos anos e, nos últimos meses, o tempo a mais em casa que a pandemia trouxe está sendo um estímulo para a prática.

O reflexo disso pode ser percebido nas lojas de materiais de construção de Irati e região, onde cresceu a procura por produtos necessários para as reformas domésticas. Segundo Izaías Salamaia, nas duas lojas de materiais de construção da família, localizadas em Irati, “a partir da segunda semana do mês de abril aumentaram as vendas de ferramentas e materiais usados em pequenas reformas”.  Ele contabiliza aproximadamente de 15% de crescimento na comercialização destes produtos no período.

Já a proprietária da empresa Pinheirão Materiais de Construção, com sede em Fernandes Pinheiro e filial em Irati, Vanusa de Fátima da Silva, cujo perfil principal de venda são os “materiais brutos”,  como areia, pedra e cimento, disse que as vendas se mantiveram estáveis desde que a pandemia começou. E, na comparação do primeiro semestre de 2020 com o mesmo período do ano anterior, houve queda segundo a empresária. Mas, considerando todos os fatores que impactaram na economia, ela não reclama. 

“Pode-se dizer que conseguimos nos manter estáveis durante todo o período [de pandemia]. Com a economia do país instável, fechamento do comércio, índice de desemprego alto, dólar em alta, muitos fatores impactam o setor civil, mas graças a Deus conseguimos atingir bons resultados”, diz Vanusa.

Pinturas e manutenções

Muitas pessoas perguntam aos funcionários das lojas de materiais de construção como executar pequenos serviços em casa, seja para economizar com mão de obra ou porque aqueles que atuam na construção civil os não executam.

Quem nunca combinou um serviço dom&eacut