Cigarros eletrônicos fazem tanto mal quanto tradicionais e não ajudam a parar de fumar

Por Redação 3 min de leitura

Com diversos nomes, o cigarro eletrônico foi introduzido no mercado prometendo ser mais seguro e eficaz contra os cigarros convencionais, no entanto, médicos afirmam que há estudos que comprovam que os dispositivos causam os mesmos problemas, além de serem proibidos. Já o Instituto Nacional de Câncer (INCA), alerta que o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional

Popular principalmente entre os jovens, o cigarro eletrônico, também conhecido como vape, é um dispositivo eletrônico com variados formatos que contém uma bateria e um espaço para ser colocada uma substância líquida concentrada de nicotina. O dispositivo aquece esse líquido e o vapor é inalado por quem está fazendo o uso. Esse tipo de cigarro foi disponibilizado no mercado com a promessa de ser um substituto do cigarro convencional, no entanto, não comprovação da eficácia no combate ao tabagismo e estudos que relacionam o uso do dispositivo a doenças. Por isto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe desde 2009 todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar, incluindo os de cigarros eletrônicos, conforme resolução RDC nº 46. A proibição inclui a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.

Cigarro eletrônico faz mal?

Apesar da promessa de ser uma opção menos danosa à saúde e supostamente ajudar no combate ao consumo dos cigarros tradicionais, o médico pneumologista Helder Vinícius Ribeiro afirma que não há diferença entre os dois produtos e destaca o mal que o dispositivo pode fazer. “O cigarro eletrônico faz mal à saúde, tanto que é proibido no Brasil desde 2009 pela Anvisa. Ele contém substâncias tóxicas e cancerígenas assim como o cigarro comum. Ele traz o risco de desenvolver enfisema pulmonar, bronquite, sinusite, câncer, problemas cardíacos e infecções respiratórias”, explica o pneumologista, que atende pacientes em Irati e Ponta Grossa.

Mesmo não sendo consumido da mesma forma que o cigarro tradicional, e de não ter alguns dos componentes presentes no cigarro tradicional, o cigarro eletrônico tem em sua composição a nicotina – substância que causa vício e dependência. Por conta disso, o consumo do cigarro eletrônico não é mais saudável e pode resultar nas mesmas doenças.

O médico especialista em Clínica Médica e Nefrologia Frederico Guaurino de Oliveira Junior explica como é o funcionamento dos cigarros eletrônicos. “O cigarro eletrônico tem um líquido com um mecanismo vaporizador que tem bastante nicotina ali. Na verdade, a única substância que tem nele, a princípio, é a nicotina e alguns aromatizantes, mas o problema dele é a nicotina, que é uma substância que causa dependência e pode causar algumas doenças cardiovasculares e problema no pulmão, assim como o cigarro tradicional. Tá certo que ele não tem tantas substâncias oncogênicas (que podem causar câncer) assim como o cigarro comum, mas o dano ao pulmão é praticamente o mesmo e as doenças cardiovasculares também são as mesmas”, detalha o especialista.

Estudos

Além disso, o uso de cigarros eletrônicos por pessoas não fumant