Brasil é o segundo país com mais cirurgias plásticas do mundo
O número de intervenções cirúrgicas vem crescendo todos os anos no Brasil. Conheça mais sobre o procedimento e como ele afetaa autoestima
Ao ligarmos a televisão ou abrirmos uma revista nos deparamos com mulheres altas, magras, bonitas e perfeitamente maquiadas e penteadas, com rostos e corpos perfeitos. Esses padrões estéticos, ao mesmo tempo em que mexem com a autoestima de muitas mulheres, também instigam a discussão sobre o lado bom e o lado ruim de tantos conceitos sobre o que é realmente belo e aceitável.
Todas as manifestações midiáticas do ser “perfeito” fizeram com que o número de cirurgias plásticas realizadas no Brasil crescesse significativamente. O país está em segundo lugar no ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos em número de cirurgias plásticas.
Segundo o psicólogo Mauricio Wisniewski, o principal motivo que leva uma pessoa a fazer uma cirurgia plástica é exatamente o problema de autoestima. “Entre os principais está a necessidade de melhorar a autoestima, que é oriunda da cobrança social em se ter um corpo que responda aos modelos impostos como bonitos e saudáveis”, fala Mauricio.
Cirurgias de correção
Muitas cirurgias servem para corrigir “imperfeições”, aquelas adquiridas devido a uma doença, como o câncer ou aquelas que vêem desde o nascimento como o lábio leporino, orelha de abano e alterações no nariz. Esse foi o caso de Camila Dalzotto Mosquer. A jovem de 17 anos realizou dois procedimentos no último mês e um deles foi a rinoplastia. “Meu nariz sempre me incomodou por ser grande e ter aquele ossinho levantado que chama atenção, principalmente de perfil”, conta Camila.
Esses aspectos anatômicosmuitas vezes são causadores de bullying durante a infância e adolescência. Camila sofreu na pele por ter o nariz considerado “diferente”. “Na escola sempre me apelidavam com algo referente ao nariz e até pessoas da família me chamavam de tucano”, diz a jovem.
Devido ao bullying, Camila sempre teve a autoestima baixa. “Eu sentia como se todo mundo estivesse reparando naquilo. Minha autoestima era muito baixa, quando me olhava no espelho me sentia mal e sonhava com a rinoplastia para ter um nariz mais bonito”, explica.
Os resultados da intervenção cirúrgica já estão aparecendo. “Estou me amando, apesar de não ser o resultado final, mas já estou muito satisfeita, me sinto mais segura”, comemora.
Cirurgias estéticas
Além das cirurgias que buscam reparar “defeitos”, há as que foram criadas para que as pessoas possam atingir um modelo de corpo “perfeito”. Há também pessoas que optam pelas cirurgias estéticas apenas por modismo, tentando se adaptar ao tipo de corpo perfeito da moda.
Não são apenas as pessoas com autoestima baixa que recorrem aos procedimentos cirúrgicos. “Existem casos nos quais a autoestima elevada faz com que haja a procura por se sentir cada vez mais perfeito. Tais pessoas não têm autoestima rebaixada, mas ao contrário, querem ter cada vez maiores níveis de autoestima, autoconfiança, segurança, entre outros”, diz o psicólogo. Por isso muitas pessoas recorrem a cirurgias de embelezamento.
Implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (cirurgia para levantar os peitos) e mamoplastia redutora encabeç

