Amcespar discute a atuação do IML: Por que a liberação de um corpo demora?

Por Redação 3 min de leitura

A liberação de corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) é um processo essencial quando ocorrem acidentes ou em casos de crimes. No entanto, é comum que esse procedimento leve algum tempo, muitas vezes causando angústia para os familiares dos falecidos.

A instalação de uma unidade do IML em Irati é um sonho antigo dos moradores da região e vem sendo defendida constantemente pelos prefeitos que fazem parte da Associação dos Municípios do Centro Sul do Paraná (Amcespar). Na manhã de quinta-feira (29), o IML foi um dos principais temas discutidos pelos prefeitos durante a reunião da entidade, com a presença dos representantes da Polícia Científica do Paraná  (à qual o IML pertence)  Mariano Schaffka Netto, Augusto Pasqualino e Alexandre Tavares. 

Eles explicaram que para um procedimento mais rápido, além do IML, o município precisaria contar também com profissionais da Polícia Científica, que atualmente vêm de outros municípios investigar as causas de acidentes e crimes na região.

O coordenador de Operações da Polícia Científica, Mariano Schaffka Netto explica como são feitos os procedimentos pelo órgão. “A Polícia Científica tem dois serviços principais, que é o de criminalística e o de medicina legal, que são serviços de investigação criminal para serem feitas análises de crimes e descobrir quem são os autores. O serviço de criminalística, por exemplo, faz o atendimento no local, para fazer toda aquela vistoria. Outro serviço feito pela criminalística, o exame de balística, para descobrir se aquele projétil coletado em local de crime ou em um cadáver seria de uma arma que foi apreendida”. Atualmente, esses peritos vêm de cidades como União da Vitória e Ponta Grossa.

Demora na liberação dos corpos

Além da investigação, os protocolos do próprio Instituto Médico Legal determinam a necessidade de um intervalo de aproximadamente seis horas após a morte para o início de exames em cadáveres para a apuração das causas do óbito. Após esse período, marcas de violência, por exemplo, ficam mais evidentes. “Para fazer um exame bem feito de necropsia, tem que ter iniciada já a rigidez. Para fazer o exame, é melhor que o corpo esteja rígido. E quando ele chega nessa fase de rigidez cadavérica, tem vários outros vestígios que ficam no corpo, como marcas e outras coisas que não aparecem quando o corpo está muito fresco”, explica Mariano.

Já em casos de óbito em decorrência de acidentes de trânsito, essa espera de seis horas não é necessária, no entanto, o coordenador de Operações da Polícia Científica explica que além do deslocamento dos peritos do IML, é necessária a realização da investigação no local do acidente por peritos, além de exames nos corpos das vítimas.

“Vamos supor que tenha um acidente de trânsito em Irati, como nós não temos sede em Irati, a gente aciona a sede a que está atribuído o serviço, que neste momento é União da Vitória. Então são deslocadas duas viaturas, uma com o perito criminal e outra com o pessoal que vai levar o cadáver para fazer a parte da perícia legal. Depois disso, tem toda a parte de exame de