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Aluno do IFPR supera dificuldade que tinha em Redação e quase tira nota máxima no Enem

21/02/2022

Aluno do IFPR supera dificuldade que tinha em Redação e quase tira nota máxima no Enem

Andrei Augusto Dembrinski tem 18 anos e é um dos 3.109.762 inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Estudante do Instituto Federal do Paraná (IFPR), ele mora no município de Rio Azul e foi um dos alunos que quase obteve nota máxima na Prova de Redação do Enem. Dos 1.000 pontos que é possível atingir, Andrei conseguiu 980.

“A redação do Enem é corrigida por duas pessoas, dois corretores, quem tira 980 é porque um corretor dá 1.000 e outro 960 e tira à média. Então um 1.000 eu tive”, comemora o jovem, que nem sempre teve facilidade com a escrita. Ele conta que pretende estudar medicina e que devido à elevada concorrência nos vestibulares do curso, resolveu se dedicar às aulas de produção de texto no IFPR e também fazer um Cursinho on line de Redação. 

“Porque redação nunca foi o meu forte e eu quero fazer medicina, então sabia que tinha que ir muito bem nas matérias.  E como eu sabia que tinha uma ‘pedra no sapato’ que era redação – eu nunca tirei notas excelentes em redação –, sabia que eu precisava treinar e dar uma atenção específica para isso”, relata Andrei.  

Entre os meses de fevereiro e novembro de 2021, ele diz ter feito quase 100 redações. Em média, produzia três textos por semana e nos dois meses que antecederam o Enem, quatro redações. Tudo para se aperfeiçoar. “Estudei redação no IFPR e também fiz um Cursinho de Redação desde fevereiro de 2021. Para o Cursinho eu fazia duas redações por semana e para o professor Roger (IFPR) fazia uma redação por semana. Sempre que eu tinha dúvidas, mandava para o professor Roger, que me auxiliou demais. O meu professor de cursinho, o Tiago, me auxiliou também. E foi com um misto de ajudas que eu consegui obter esta nota”, conta o estudante.

Organizado, ele desenvolveu uma metodologia própria de estudos, em que, após acompanhar as aulas do IFPR, se dedica às matérias que têm maior peso no vestibular para medicina, estudando sozinho e fazendo cursinhos on line. Além de Redação, também mereceram atenção especial de Andrei as disciplinas Química, Física, Biologia e Matemática. “Eu nunca fui em um cursinho tradicional, presencial, eu sempre estudei sozinho em casa, on line”, diz.

Ele também busca a orientação dos professores para esclarecer as dúvidas que vão surgindo. Neste aspecto, a diretora do IFPR - Campus Irati, Ana Radis, destaca que os profissionais estão sempre prontos para prestar atendimento aos alunos.  “Nossa equipe é formada por excelentes profissionais que buscam melhorias constantes no processo de ensino-aprendizagem, promovendo formação e atualização didática. Outro fator fundamental para os bons resultados é a disponibilidade dos professores. No IFPR os professores têm dedicação exclusiva à instituição, possibilitando que trabalham com os estudantes não apenas na sala de aula, mas em outros momentos de formação e aprendizado”,  afirma a diretora do IFPR.

Ana Radis cita, ainda, que há momentos de diálogos com os estudantes durante eventos institucionais e projetos de pesquisa, extensão e inovação. “Neles, discutimos assuntos e temáticas relevantes e atuais para a sociedade e essas discussões trazem conteúdo e embasamento para a elaboração de uma redação, por exemplo. Essas condições, aliadas à dedicação dos estudantes, são a receita perfeita para o bom desempenho”, detalha.

Segundo ela, um dos objetivos do IFPR é a formação integral de cidadãos críticos, o que  prepara os estudantes para os desafios do cotidiano da vida, mesmo  após o término do ensino médio.

Como aprender? 

Andrei conta como consegue assimilar os diversos conteúdos e ter bom desempenho nas provas. Além da nota 980 na Redação do Enem, ele também acertou 43 das 45 questões da prova de Matemática e gabaritou na prova de Física de um vestibular que prestou. 

“Ver a aula não é sinônimo de aprender aquele conteúdo, porque a gente tem que praticar o que vê em aula, e o jeito de botar em prática é fazer exercícios, fazer questões sobre o assunto. Por exemplo, quando estudava um assunto em fevereiro, eu distribuía listas de exercícios deste assunto ao longo do ano inteiro para ir fazendo e não deixar minha memória esquecer, tanto que em Matemática de 45 eu acertei 43”, comenta Andrei.

 Ana Radis fala que todos do  IFPR comemoram as conquistas dos alunos. “Toda nossa equipe fica motivada quando os estudantes atingem seus objetivos, sejam eles seguir na carreira técnica ou avançar no ensino superior.  Os bons resultados fazem com que nossa equipe siga animada, organizando eventos, buscando parcerias e avançando na busca pela excelência na educação”, diz a diretora do IFPR.

Meta, não dinheiro 

O estudante também defende que é preciso estabelecer uma meta e se organizar para alcançá-la, sem gastar muito dinheiro. “Eu vejo que muitos alunos têm a mentalidade que eles só vão conseguir um alto desempenho, só vão conseguir aprender, se eles pagarem fortunas de mensalidade em cursinhos, mas não é bem assim que funciona. Não precisa pagar uma mensalidade de R$ 500 em cursinho para você ter uma nota boa. É só colocar na sua cabeça o que você quer, ter organização, foco e ver lá no fim da sua caminhada aonde você quer chegar, daí você consegue trilhar seu caminho e fazer tudo que precisar fazer sem gastar um rio de dinheiro como acontece muito por aí”, comenta.

O estudante cita que dá para conciliar a vida social e os estudos, mas conta que algumas vezes é preciso fazer alguns sacrifícios, como deixar de sair. Ele também agradece aos pais, que são proprietários de uma empresa moveleira, e lhe dão apoio.  “Meu pai e minha madrasta foram excepcionais porque eles me deram todo apoio possível e eu sou muito grato porque não precisei trabalhar durante este período, só tive que estudar. Eles me deram esta oportunidade e tem que ter muita organização, porque se você ficar procrastinando, acumulando, vai chegar uma hora que vira uma bola de neve e você não vai conseguir abrir aquela bola para você se resolver nela”, finaliza Andrei.

Texto: Letícia Torres/Hoje Centro Sul

Foto: Arquivo Pessoal/ Andrei Dembrinski

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