Médica do Hemepar de Irati explica o que é preciso para ser um doador de sangue

Por Redação 3 min de leitura

Em Irati, ocorrem 200 transfusões de sangue por mês, em média. E para viabilizar estes procedimentos, o Hemepar conta com a solidariedade das pessoas

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) reforça a necessidade de doação de sangue no Estado. A demanda por doação de sangue continua alta e constantemente requer doadores.

A médica especialista em hemoterapia e diretora técnica do Hemepar de Irati, Larissa Mazepa, comenta sobre a importância da doação e transfusão de sangue. “Aqui no município, temos em média 200 transfusões por mês, desde pacientes recém-nascidos até pacientes em estado paliativo. Então, doar sangue é doar tempo, um pouquinho do seu tempo e doar vida”, relata.

Segundo ela, vários problemas de saúde fazem com que os pacientes precisem de transfusão de sangue. “Essas pessoas podem ter diversas patologias, desde a patologia aguda até a patologia mais crônica e que graças a esses sangues que as pessoas doam podem estar vivendo por mais algum tempo até a sua recuperação total, que é o nosso objetivo. Esse sangue é usado tanto na Santa Casa aqui de Irati como em todos os hospitais da região, particulares ou SUS”, explica Dra. Larissa.

Como é a doação

Para ser um doador, é necessário comparecer a um hemocentro com documentos e realizar um cadastro. Após isso, no mesmo dia ou em uma data agendada, o sangue será coletado, analisado e destinado aos pacientes que precisam.

“A doação é feita através do sangue periférico, na punção onde é retirado o sangue normalmente de um dos braços do doador. Inicia com a vinda do doador até a unidade de coleta e transfusão. Nós trabalhamos com períodos diferenciados e é realizado através de agendamento. Os doadores podem ser a partir dos 18 anos até 69 anos, 11 meses e 29 dias e a partir dos 16 anos acompanhados pelos pais”, detalha a médica.

O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto.

Depois de coletado, o sangue é fracionado e acontece o processo de separação dos hemocomponentes (plasma, hemácias, plaquetas e crio). Após essa etapa a bolsa fica estocada até o resultado dos exames para a liberação.

Os homens podem doar sangue a cada dois meses, em quatro vezes ao ano. Já as mulheres, a cada três meses, numa máxima de três doações ao ano.

“Doar sangue é doar vida para outra pessoa, então costumamos dizer aqui na unidade de coleta e transfusão de sangue de Irati, fazemos o bem sem olhar a quem”, afirma Dra. Larissa.

No Paraná

Em janeiro, as 22 redes do Hemepar distribuídas pelo Paraná registraram 14.770 doações, superior ao mesmo período do ano passado, com 12.408 coletas. Para a diretora estadual do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza, o resultado se deve às campanhas de conscientização e ao contexto de superação da pandemia.

“Pela primeira vez, retomamos um número de doações consistente com o que possuíamos antes da pandemia. Isso nos possibilita uma maior capacidade de operação, o que significa que mais vidas serão salvas. Embora sejam dados positivos, é preciso seguir reforçando a importância da doação. A conscientização é nossa maior ferramenta&rdq