Agroindústria para beneficiamento do pinhão e produção de farinha será criada na região
O projeto está sendo desenvolvido na região da Amcespar, pelo Conder (com apoio da Embrapa), e prevê novas alternativas gastronômicas utilizando o pinhão e a farinha de pinhão, visando gerar renda a pequenos produtores rurais.
O projeto de implantação de uma agroindústria regional para o processamento do pinhão está em andamento na região Centro Sul, através de uma parceria entre o Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento Regional (Conder), a Embrapa Florestas (PR) e a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ).
Em 2021, o Conder inscreveu o projeto de implantação da agroindústria junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e foi selecionado. Com isso, foi firmado um convênio para viabilizar o beneficiamento do pinhão produzido na região.
“O convênio entre o Conder e o MAPA consiste em capacitar produtores, adquirir equipamentos para a agroindústria e sinalizar rotas turísticas, e foi firmado no montante de R$ 678.540,48”, relata o presidente do Conder, prefeito de Inácio Martins Júnior Benato.
Segundo ele, neste convênio, o Consórcio para Desenvolvimento Regional se comprometeu em construir a sede da agroindústria, que será edificada em Inácio Martins. Os projetos executivos para a construção foram confeccionados conforme orientação do MAPA, para que seja possível implantar todos os selos necessários. E estes projetos foram custeados pelo Município de Inácio Martins.
Na agroindústria será implantada uma unidade de processamento de farinha de pinhão, desenvolvida pela Embrapa, e também uma linha para obtenção de pinhão descascado congelado e outros produtos de interesse, como explica a pesquisadora da Embrapa Florestas, Rossana Catie de Godoy.
“O uso sustentável dos produtos da sociobiodiversidade é fundamental para garantir o provento dessas populações de baixa renda. A coleta e venda do pinhão é praticada na região a preços muito baixos, em beiras de estradas ou para atravessadores. Portanto, o beneficiamento do pinhão em produtos de maior valor agregado é um fator decisivo como alternativa de renda para essas comunidades”, afirma Rossana.
O produtor rural Sebastião Cabral, do município de Inácio Martins, concorda. “In natura o preço do pinhão no mercado é baixo. Industrializando, melhora as vendas porque agrega valor ao nosso produto. Na minha propriedade, trabalho com hortifruti e o pinhão vai ser uma renda a mais”, diz Sebastião.
Cooperativa
Uma cooperativa, envolvendo os extrativistas de pinhão e pequenos produtores rurais dos municípios que integram o Conder – Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Mallet, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul e Teixeira Soares – também será criada para viabilizar a agroindústria.
Nestes municípios, são 8.340 km² de extensão territorial, dos quais 45% apresentam vegetação florestal nativa (Floresta com Araucária). Em alguns locais, como Inácio Martins, a floresta nativa alcança até 60% da área municipal, conforme o mapeamento do uso do solo publicado em 2019 pelo Instituto Água e Terras do Paraná (IAT).
“Para a formação da cooperativa, o Conder tem como parceiro o Sebrae, que confeccionou o projeto de viabilidade econômica e financeira da agroindústria. Foi realizado um estudo de mercado que demonstra a viabilidade de inserç&atil

