Paraná é o estado com maior número de municípios na política de famílias acolhedoras

Por Redação 3 min de leitura

A família Schuck atua há 15 anos como acolhedora e a empresária Cleonice Schuck, prefeita de Fernandes Pinheiro, conta como é a experiência

O Paraná se destaca no cenário nacional como o estado com o maior número de famílias acolhedoras – dos 503 municípios do País que adotam esse modelo para receber crianças e adolescentes em situação de risco social, 114 são paranaenses. Os números constam em levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Mesmo com essa condição, Governo do Estado trabalha para ampliar este serviço, com apoio do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas) e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca),

De acordo com a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), responsável pelas ações nessa área, nos últimos seis anos o número de cidades paranaenses que contam com famílias acolhedoras cresceu 208% – de 37 para as atuais 114.

“Estamos trabalhando, num esforço conjunto com as prefeituras, o Judiciário e a sociedade civil organizada, para ampliar o número de Famílias Acolhedoras. O que toda criança quer, num momento de fragilidade, de dor, de tristeza, ou de agressão, é ter o apoio e o cuidado que só uma família pode dar”, afirma o secretário Rogério Carboni.

Chefe do Departamento de Política para Crianças e Adolescentes da Sejuf, Juliany Santos explica que o Acolhimento Familiar é a forma prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como prioritária. “Essas famílias previamente cadastradas, selecionadas e capacitadas acolhem crianças e adolescentes em situação de risco social, garantindo assim o direito à convivência familiar e comunitária, trazendo benefícios em seu desenvolvimento, reduzindo os impactos negativos em decorrência do acolhimento”, destaca.

A chefe do Departamento de Assistência Social da Sejuf, Renata Mareziuzek, ressalta a integração em prol desse serviço. “Esse resultado é fruto da soma de esforços entre conselhos, governos municipais, Estado e Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), tanto na capacitação das famílias e gestores municipais quanto na viabilização dos recursos necessários para implementação do serviço”, completa.

Na prática

A empresária Cleonice Schuck, prefeita de Fernandes Pinheiro, atua há 15 anos como acolhedora, ajudando a desafogar as instituições da região. Segundo ela, cada momento da vida das crianças é marcante e a família passa por todos eles, juntos. “No primeiro acolhimento, ficamos 52 dias com um menino dando toda a atenção necessária, medicamentos, vestimenta, alimentação e, acima de tudo, muito carinho e amor”, disse.

Com apoio da família, Cleonice cuidou de muitas crianças, inclusive bebês, até a resolução jurídica de como se encaminharia o acolhido, que por muitas vezes pode ser a adoção ou o retorno para família de origem. “Quando acontece a adoção, a gente fica momentaneamente triste, mas predomina o sentimento de missão cumprida ao saber que essa criança terá uma nova oportunidade e em um local com segurança”, relata.

A empresária conta que, muitas vezes, as crianças acolhidas vêm com a saúde fragilizada, incluindo casos de desnutrição, e o acolhimento familiar é o melhor caminho para a recuperação. “Um beb&ecir