Deltan Dallagnol visita Irati e defende reformas administrativa e tributária

Por Redação 3 min de leitura

Eleito deputado federal com o maior número de votos no Paraná, Deltan Dallagnol esteve na sede da Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai) na última segunda-feira (10) para agradecer os votos recebidos. O ex-procurador da Operação Lava-Jato recebeu 344.917 votos no estado, o que, ponto de vista dele, representa uma resposta da população em apoio ao combate a corrupção.

“Eu vejo como uma vitória da causa, um grande apoio da sociedade ao combate à corrupção, um desejo muito forte das pessoas em dizer que os corruptos não vão vencer nesse país. Com o apoio de vocês de Irati, da região e do Paraná, a gente fez a Lava-Jato renascer nas urnas, do coração e da força do povo paranaense”, afirmou Dallagnol.

Ele defendeu grandes pautas, como as reformas política, administrativa e tributária. “Precisamos de reforma tributária, para simplificar tributos, precisamos de reforma administrativa para tornar o Estado mais eficiente e os recursos que obtivermos, como país, com essa reforma tributária, precisamos investir naquilo que mais gera desenvolvimento econômico e social no país que é investimento em infraestrutura, educação e tecnologia”, aponta.

O novo parlamentar também defende o combate a todo tipo de violência e para isso acredita que é necessário lutar contra tráfico de drogas, contra a pedofilia, defender vida e família e cuidar de causas que atendam as pessoas mais vulneráveis.

Corrupção

Ex-procurador da Operação Lava-Jato que investigou diversas autoridades políticas por suspeita de corrupção, Dallagnol disse que o combate a esse tipo de crime pode continuar com mudanças nas leis. “Nós pretendemos recriar, através da atuação do Congresso Nacional, condições para que outras ‘Lava-Jatos’ voltem a existir. Hoje é impossível ter uma nova Lava-Jato quando não tem prisão em segunda instância. Hoje os corruptos têm uma promessa de impunidade. Porque ele não vai ser punido depois que é condenado, ele não é punido depois que são julgados os recursos dele, não é punido depois que é julgado em terceiro grau. Ele só vai ser punido quando é julgado em quarto grau, com infinitos recursos e até lá já se passaram 20 anos e o crime prescreveu. A gente precisa mudar esse sistema para que a gente consiga voltar a colocar corrupto na cadeia”, descreveu.

Desenvolvimento regional

Sobre seu apoio ao desenvolvimento das regiões do Paraná, Dallagnol disse que as reformas institucionais são uma maneira de gerar recursos que possam atender todo o país. “Às vezes temos a sensação que as regiões buscam disputar entre elas recursos ou atenção, quando na verdade isso é um erro. Se o raciocínio for sobre qual cidade vai ganhar a maior ‘fatia do bolo’, uma hora vai ser uma cidade, outra hora vai ser outra e perdemos o foco mais importante de como a gente faz crescer esse bolo para que todo mundo ganhe. E como faz isso? Com reformas no sistema de justiça, garantindo segurança jurídica, com reforma tributária, com reforma administrativa. Precisamos concentrar nossos esforços para que essas reformas possam ser feitas e todos saiamos ganhando”, comentou.

Texto/Foto: Da Redação/Hoje Centro Sul

Fotos: Lenon Diego Gauron/Hoje Ce