Equipe de vôlei feminino de Irati busca vaga na Super Liga C

Por Redação 4 min de leitura

O técnico Fábio Sampaio fala sobre as dificuldades e ambições do time, que busca conquistar a Superliga C, que é uma competição de nível nacional

Em toda busca por objetivos existem dificuldades. Isso não é diferente para a Associação de Voleibol Irati (AVI), que hoje conta com atletas vindas de diversos lugares do Brasil para fazer parte de um projeto que pretende expandir não só o legado do município, mas também do time, para disputar competições estaduais e nacionais. “Estamos tentando pleitear a sede para a Superliga C, tentando trazer para Irati um evento de nível nacional”, afirma o técnico da AVI, Fábio Sampaio.

O time atualmente é formado por 16 atletas, sendo sete de Irati e nove de fora do município. Fábio afirma que as jogadoras dos outros estados chegaram para aumentar a qualidade da equipe. “Hoje o projeto tem sua maioria de fora, atletas vindas de todo Brasil que trazem na sua bagagem a passagem por clubes fora do país, clubes de expressões nacionais com passagens na Superliga”, comenta.

O time treina todos os dias da semana, no entanto, apenas uma vez por dia, diferente das outras equipes que treinam dois períodos diariamente, explica o técnico. No ponto de vista dele, isso acaba se se tonando desafiador, pois se o time pudesse treinar em mais um período por dia, as ambições a serem conquistadas estariam menos distantes.

Um dos desafios do time é estar entre as três melhores equipes do Paraná e se classificar para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Voleibol, a Superliga B. A fase classificatória acontece ainda esse ano em meados do mês de outubro. A Superliga C é o campeonato classificatório para a tão almejada série C. “Acredito que caso a Superliga C realmente vier a ser realizada aqui em Irati, e a torcida nos ajudar, temos grande chance de entrar para a história do esporte na modalidade em Irati, primeira vez campeão de um campeonato nacional e também primeira vez participando da segunda divisão da Superliga B – segunda a divisão do brasileiro”, explica Fábio.

Conciliar esporte e emprego

Uma das maiores dificuldades que o time encontra é em relação aos treinos. Como muitas atletas precisam trabalhar em outros empregos, conciliar treino, exercícios e trabalho não é simples. “A maior dificuldade ainda encontrada é conciliar os treinamentos com a rotina de algumas atletas, visto que algumas ainda não são profissionais e possuem seus trabalhos fazendo com que a equipe treine um período por dia, de segunda a sábado, e aos domingos esporadicamente, além do treino de academia obrigatório a todas”, conta o técnico.

Para viabilizar financeiramente a equipe, algumas parcerias estão sendo realizadas. Hoje o time conta com vários patrocinadores que bancam as ajudas de custos das atletas de fora do município, como alimentação, estadia e outras despesas. A Secretaria de Esporte contempla as atletas locais com a Bolsa Atleta, que é uma ajuda de custo.

Para Fábio, os resultados já começam a aparecer nos jogos com o apoio da torcida. “Aos poucos os torcedores vão tomando gosto pela equipe adulta, lotando as arquibancadas, a cada jogo percebe-se rostos diferentes nas torcidas”, avalia.

Histórico

Ana Carolina Sequinel Demczuk, gestora e atleta do time, comenta que em meados de 2011 um grupo de amigas advindas dos projetos de base de voleibol de Irati decidiu montar uma equipe competitiva para os jogos Abertos do Paraná.  Naquele ano sagraram-se campeãs da fase regional e vice-campeãs da fase final divis&at