De pai para filho: Quando a profissão do pai inspira o filho a seguir pelo mesmo caminho
O que o mecânico de bicicletas Aliton Carlos Pereira e o médico anestesiologista Yuki Schneider Aoki têm em comum? Ambos escolheram as mesmas profissões de seus pais, atuam em Irati e continuam trocando experiências com eles no dia-a-dia de trabalho
Ainda enquanto crianças, os filhos costumam se espelhar nos pais como exemplos a seguir. Repetem gestos, palavras e buscam inspiração naqueles que estão presentes em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento. A figura paterna geralmente transmite confiança e exerce influências que podem se estender para a vida adulta, inclusive na escolha da carreira profissional.
É o caso de Aliton Carlos Pereira, atualmente com 26 anos. Ele decidiu seguir a profissão do pai Antonio Carlos Pereira, mecânico de bicicletas, aos 14. Por coincidência, seu pai começou no ramo com a mesma idade, quando adquiriu a Bicicletaria Tuta há 42 anos.
Depois que aprendeu com o pai a profissão, Aliton comenta que não parou mais de atuar na área. “Nesse ano vai completar 12 anos que eu estou trabalhando aqui junto com o meu pai na loja, e tudo começou quando ele decidiu abrir a loja número dois aqui no [bairro] Rio Bonito, quando eu iniciei as atividades com ele. Ele já tinha a loja dele no Centro e eu já o ajudava nos consertos e em tudo mais. Aí quando ele abriu aqui eu tomei a frente e estamos até hoje”, relembra.
Ele conta que tomou gosto pela profissão enquanto ajudava seu pai nos consertos, e que o aprendizado é constante. “Aprendi tudo na prática. Meu pai foi me ensinando cada dia uma coisa nova e eu fui aprendendo tudo com o tempo. Tomamos gosto pela profissão porque cada dia aprendemos uma coisa nova, até nos dias de hoje, porque com a evolução das ‘bikes’, cada dia aparece alguma coisa nova para a gente fazer”, destaca.
Antonio conta que passou a incentivar o filho a aprender a consertar bicicletas quando percebeu que ele gostava de fazer aquele trabalho. Ele lembra que foi o próprio filho que tomou a iniciativa de querer aprender cada vez mais e que decidiu que iria atender na nova loja do pai no bairro Rio Bonito.
“Ele já começou com a iniciativa de ir mexendo sozinho nas bicicletas, aí eu o incentivei a ‘tocar’ a loja sozinho. Agora eu fico em uma loja e ele na outra, mas não somos concorrentes. Ele faz a parte dele sozinho e eu faço aqui. Desde pequeno trouxe ele para cá e já fui ensinando tudo sobre bicicleta. Ele tinha vontade de aprender e agora ele não sabe fazer outra coisa senão consertar bicicleta. O ramo dele vai ser esse e, a hora que eu me for, ele vai ficar tocando as bicicletarias. Eu entrei aqui em 1980, como empregado, e agora em outubro vai fazer 42 anos. Meu filho veio trabalhar comigo, me lembro até hoje, ele era um piá pequeno ainda, e começou a aprender comigo”, relembra Antonio.
Outro iratiense que decidiu seguir os passos do pai é o médico Yuki Schneider Aoki. Atualmente ele trabalha como anestesiologista na unidade do Hospital Erasto Gaertner de Irati. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, cursou Residência em Anestesiologia no Hospital de Clínicas da UFPR e retornou para Irati em seguida. Yuki também se inspirou em seu pai, o Dr. Ricardo Massakazu Aoki, médico especialista em Urologia e Medicina do Trabalho, que atua no município há quase 40 anos.
“Não consigo lembrar exatamente quando decidi seguir a mesma carreira de meu pai, mas tenho a impressão de que a vontade de me tornar médico vem desde que comecei a p

