Desenvolvimento econômico e cultural de Irati misturam-se desde antes da emancipação política do município

Por Redação 3 min de leitura

Desde a chegada da estrada de ferro, na década de 1890, e dos primeiros imigrantes, pouco tempo depois, o desenvolvimento econômico e o cultural de Irati andam lado a lado. Hoje, com quase 62 mil habitantes, a cidade é polo regional, tem instituições de ensino renomadas e boas perspectivas para o futuro

Com uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em quase 62 mil habitantes, neste dia 15 de julho, Irati comemora 115 anos de emancipação política. O município é referência entre as dez cidades que compreendem a Associação dos Municípios Centro do Sul do Paraná (Amcespar) e está em pleno crescimento.

No período da fundação, Irati tinha sua economia baseada quase que exclusivamente no setor primário, sobretudo na agricultura. Atualmente, conta também com indústrias, serviços, comércio e tecnologia. Desenvolvimento que começou com a chegada da estrada de ferro na última década de 1800, quando Irati, então Covalzinho, pertencia à Imbituva. Foi com a estrada de ferro também que personagens políticos ilustres como Getúlio Vargas vieram a Irati.

A cidade teve um papel importante no acolhimento a imigrantes europeus, principalmente holandeses, ucranianos, alemães, italianos e poloneses, depois de 1900. Mais tarde, o cinema chegou à cidade vindo de moto em uma época onde Irati tinha muito mais carroças do que veículos automotores circulando pelas ruas. O cinema ficou no mesmo lugar por mais de 60 anos, muitos deles sob o comando de João Wasilewski, polonês que era fascinado pela sétima arte.

O desenvolvimento de Irati não parou mais. Recentemente, o Corpo de Bombeiros do município virou referência macrorregional ao ser elevado para 10º Subgrupamento Independente, o que vai trazer benefícios não somente para Irati, mas também para toda região. Em infraestrutura, destaca-se a revitalização da Rua Munhoz da Rocha e da área central de da cidade, que promete trazer benefícios aos lojistas e à economia como um todo.

O início e a ferrovia

A história de Irati começa muito antes da fundação da vila de Covalzinho, por volta de 1865. José Maria Orreda conta em seu livro Irati v.3 que a região onde se localiza Irati pertencia aos índios Caingangues, ramo dos tupis, que originou o nome Ira (mel); e ty (rio), ou seja, rio de mel.

Vestígios dos povos indígenas, como pedaços de artefatos de barro e ferramentas de caça foram encontrados onde hoje é o Itapará, também na Serra dos Nogueiras, Rio do Couro, Gonçalves Junior e no Rio Bonito. Existiu ainda uma tribo denominada Coroados, onde hoje é a localidade de Rio Água Quente, no Guamirim.

Já a região onde é o centro de Irati passou a ser chamada, mais tarde, de Covalzinho. Com a chegada da estrada de ferro em 1890, e a estação Iraty, o nome Covalzinho foi caindo no esquecimento e passou a ser conhecida como é hoje. Além disso, até a sua emancipação, Irati pertencia à Imbituva e veio a conquistar a sua autonomia em 15 de julho de 1907. De lá para cá, muita coisa mudou na economia e na cultura do município.

Para o pesquisador José Maria Grácia Araújo, o principal marco da história do desenvolvimento de Irati foi a construção da estrada de ferro que ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo e que estava prevista para