Ministério Público investiga o caso de celulares vendidos e não entregues em Irati

Por Redação 4 min de leitura

Ao todo, sete pessoas entraram em contato com o Procon para reclamar. Proprietário da empresa se posicionou, afirmando que está trabalhando para resolver o problema com seu fornecedor

Diversas pessoas de Irati e região foram até o Procon e a Polícia Civil para relatar que não receberam celulares comprados da empresa Brook Shop. Grande parte dos reclamantes teve contato com a empresa a partir do Instagram e pagaram por produtos que ainda não receberam. Por sua vez, o proprietário da empresa se posicionou e disse que está com problemas com seu fornecedor, mas que está trabalhando para resolver a situação o mais rápido possível.  

Isabela Aparecida Bueno da Rocha, uma das compradoras, relatou que fez a compra no final do ano passado e que esperava receber o produto em menos de trinta dias. Após passar o período prometido, ela procurou o vendedor para esclarecimentos. “Ele veio aqui e me prometeu a entrega do celular até 20 de janeiro. Eu fiz o pagamento no dia 29 de dezembro. Quando chegou no dia, ele já começou a dar desculpa que havia atrasado um pouquinho, disse que não era para eu me preocupar porque o celular já estava pago e só estava esperando ser enviado para ele. Passou janeiro e fevereiro, e ele falando a mesma coisa. Falou que estava vindo, mas quando eu comecei a pressionar, ele deu a desculpa que o celular havia sido apreendido pela Receita Federal e que ele estava esperando a Receita liberar os aparelhos, mas como eram muitos produtos dele, eles estavam liberando aos poucos e tinha que esperar. Eu falei então que queria o meu dinheiro de volta. Ele disse que ia fazer uma solicitação para a empresa que ele comprou. Foi aí que ele começou a se contradizer. Se ele já havia comprado e estava na Receita Federal, como ele ia conseguir pedir o dinheiro de volta? Foi assim que percebi que ele estava se enrolando”, afirma Isabela. Ela conta que ao reclamar ao Procon, descobriu que mais pessoas estavam passando pela mesma situação e que foi orientada a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil.

O proprietário da empresa Brook Shop, Samuel Vitor Ribeiro, afirma que adquire os aparelhos através de importação, em uma espécie de compra em grupo. Ele disse que não pode divulgar a forma como compra os produtos para não afetar o seu modelo de negócio, mas que geralmente ocorre tudo dentro do prazo. Ele comenta que desta vez, a empresa que fornece os aparelhos teve algum problema na hora de enviar para o Brasil o último lote de produtos que ele adquiriu. “A compra é feita em grupo, quem cuida disso é o pessoal maior lá, eu só recebo informações assim como eu passo para você. Eu confio neles, os clientes em mim, e eu garanto. Por isso tenho devolvido dinheiro de alguns que pedem. Eu garanto o produto ou dinheiro de volta. Eles [os fornecedores] tiveram algum problema, mas só sei isso. Eles estão me mandando, porém, em vez de chegar o lote todo, está vindo de um em um e bem atrasado. A Receita também tem outros meu, mas cada compra é feita de uma forma. Eu ainda busco o melhor, então faço de maneiras diferentes. Eu sei que eles estão recomprando alguns que eu pedi, então não sei o que pode ter acontecido, eu só tenho que esperar também e assumir ‘esses BO’. Aí acham que estou de pilantragem, mas não é. Nunca deixei ninguém na mão, só agora que está acontecendo isso, mas de qualquer maneira eu estou resolvendo um por um”, afirma Samuel.

Procon encaminha o caso ao Ministério Público

Ao todo, sete pessoas procuraram o Procon de Irati para relatar o problema. Guilherme Filus, técnico do Procon, disse que foi feita uma audi&eci