O que mudou no dia-a-dia das escolas que se tornaram cívico-militares?
Sete colégios estaduais cívico-militares estão em funcionamento na região, em Irati, Inácio Martins, Prudentópolis, Mallet, Rio Azul e Rebouças.
Os municípios da região possuem sete colégios cívico-militares, cujos alunos – assim como todos os demais estudantes da rede estadual de ensino –, tiveram a opção de retornar presencialmente para as salas de aulas apenas nos últimos dois bimestres do Ano Letivo de 2021. Em 2022, com a vacinação e a queda do número de casos de Covid-19, a presença dos alunos voltou a ser obrigatória em todas as escolas no Paraná, inclusive nos colégios cívico-militares. Mas o que mudou nestas instituições?
Carlos Eduardo de Mello, aluno do Colégio Barão de Capanema, em Prudentópolis opina. “É outra escola, não dá para dizer que é o Barão de Capanema antigo”. Segundo ele, que já frequentava a escola dois anos antes dela passar a ser cívico-militar, “o aprendizado dobrou, o ensino melhorou demais”.
Maria Luiza Castro, diretora do Colégio Parigot de Souza, de Inácio Martins, outra escola que se tornou cívico-militar, destaca que houve ampliação da carga horária e do número de disciplinas. “Principalmente na área de exatas, que houve um aumento, em vez de 5 aulas, 6 aulas de Matemática. Também de Português e foi incluída a disciplina de Inglês no Ensino Médio, antes era o Espanhol, e os alunos gostam muito”, comenta.
As aulas têm início às 7 horas da manhã e término às 12h15 para que os alunos assistam seis aulas de 50 minutos cada. Além do Barão de Capanema e do Parigot de Souza, também se tornaram cívico-militares os colégios estaduais Duque de Caxias e João de Mattos Pessoa, em Irati; Nicolau Copérnico, em Mallet; Professora Maria Ignácia, em Rebouças; e Afonso de Camargo, em Rio Azul.
“Com a sexta aula, disciplinas novas foram incluídas. Por exemplo, uma disciplina que os alunos estão adorando é Projeto de Vida, que é do novo Ensino Médio que começou este ano; e Matemática Financeira, os professores estão desenvolvendo uns projetos maravilhosos em relação a esta disciplina”, relata a diretora do Colégio Parigot de Souza.
A diretora do Colégio Barão da Capanema, Nellen Luciane Mehl, também frisa a importância de ter sido incluída a Matemática Financeira no Currículo Escolar, pelo fato destes conhecimentos se aplicarem ao cotidiano dos alunos. “É uma situação que o nosso aluno está vivenciando e está gostando muito, porque é importante a Matemática para o dia-a-dia, principalmente a Matemática Financeira e Cidadania e Civismo”, comenta.
Nellen e Maria Luiza enfatizam que outro aspecto positivo que elas têm percebido é o maior envolvimento das famílias no processo de ensino-aprendizagem. O fato dos pais terem votado, escolhendo o modelo cívico-militar para as escolas, motiva-os a interagir mais.
“Ampliamos o número de matrículas no nosso colégio, porque a comunidade está apoiando. E, de pontos positivos, vemos muitas questões relacionadas às famílias, elas estão mais participativas, estão se envolvendo mais com o colégio”, detalha Nellen.
Maria Luiza observa, em Inácio Martins, realidade similar à descrita pela diretora do colégio de Prudentópolis. “A participação dos pais é bem positiva. A maioria optou pelo cívico-militar, então eles es

