Envelhecimento: Viver ativamente ou apenas sobreviver?

Por Redação 3 min de leitura

Atividades voltadas para o envelhecimento ativo são realizadas pela Universidade Aberta para a Terceira Idade (Uati), na Unicentro campus Irati, e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Irati, todas de maneira gratuita

A 3ª idade é uma fase da vida em que diversas pessoas se acomodam em seus lares, desenvolvendo poucas atividades. Entretanto, há inúmeras possibilidades de permanecer ativo, tendo qualidade de vida e dando continuidade à aquisição de conhecimentos.   

“Nossas rugas e marcas são mais que sinais do corpo, elas representam nossa potência, nossa história e sabedoria, expressam o quanto ainda podemos aprender”, afirma Denis Cezar Musial, assistente social e coordenador da Política Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Irati.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende o “envelhecimento ativo”, em que as pessoas vivam com saúde física e mental; possam participar no meio social, cultural e espiritual; tenham segurança e proteção; além de aprendizagem formal ou informal ao longo da vida. A política de envelhecimento ativo orienta para que o poder público, instituições e sociedade pensem em iniciativas que atendam a pessoa idosa, tendo em vista que envelhecer não é um fator individual, pois afeta todo o contexto em que o cidadão está inserido.

No município de Irati vários projetos buscam dar oportunidade para que as pessoas tenham um envelhecimento ativo, como a Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) da Unicentro campus Irati e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Irati. Embora não estejam relacionados diretamente, ambos promovem atividades voltadas para o mesmo público e com o objetivo de dar mais qualidade de vida aos idosos, oferecendo atividades gratuitas.

A UATI  é um projeto de extensão que oferece oficinas em várias áreas, buscando formas de inserção social e participação ativa no processo de socialização e educação permanente durante toda a vida. “O projeto promove o empoderamento da pessoa idosa a partir de suas vivências e conhecimentos. A partir dos seus conhecimentos o ensino é fomentado e a oferta dos conteúdos pode variar conforme a demanda do público participante”, ressalta Paulo Cesar Tomalchelski, coordenador da UATI de Irati.

O projeto constatou que a maior dificuldade dos idosos é em relação ao domínio das tecnologias e o acesso à internet. “Na pandemia percebemos algumas dificuldades do público idoso atendido, quer seja devido ao pouco trato e habilidades com as tecnologias ou até mesmo com falta de acesso à internet em suas casas”, comenta Paulo.

Atualmente, as atividades da UATI seguem de maneira on-line, devido à pandemia. São realizadas oficinas de Educação Física; teatro; xadrez; jogos intergeracionais; Língua Francesa cantada; francês para viagem; poesia; dialogando com a Psicologia; palestras; Educação Ambiental com oficinas de reciclagem; horta vertical; compostagem; transformação de resíduos de óleo de cozinha em produtos de limpeza; aditivos químicos na alimentação: corantes e aromatizantes; estudo dos transgênicos; poluição sonora e estudos dos lixões.

Junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Irati há também o departamento de Política da Pessoa Idosa, instituído em 2018, para ajudar este público. Com a pandemia, este trabalho foi suspenso, isso fez com que a equipe do departamento desenvolvesse algumas iniciativas e estratégias para manter os vínculos os idosos.  

Foi elaborado um kit de apoio à pessoa idosa que será entregue a pa