Empresas serão obrigadas a realizar logística reversa

Por Redação 3 min de leitura

­­­­Quem já comprou pilha ou lâmpada já enfrentou esse problema. Depois do uso, o objeto precisa ser descartado. Mas onde? Esse tipo de objeto não pode ser descartado no lixo comum. Para isso há o que se chama de logística reversa que é quando a empresa que vende esse tipo de produto precisa ser responsável por seu descarte. Assim, o cliente compra o objeto, usa e depois devolve para a loja, que irá descartar de modo correto, sem prejudicar o meio ambiente.

Apesar do país já possuir legislação sobre isso, a realidade é que muitos consumidores acabam tendo problemas de não conseguir descartar do modo correto. Seja porque não possui mais a nota de compra, ou porque a loja não recebe esse material, entre outros entraves. Assim, o consumidor acaba descartando erroneamente produtos no lixo comum, o  que pode até ser perigoso para quem trabalha no recolhimento do lixo.

Mas uma legislação estadual, sancionada em junho deste ano, quer mudar esse cenário e promover a logística reversa em todo o Paraná. O Plano Estadual de Resíduos Sólidos traz diretrizes estratégicas para a realização de projetos, além de estabelecer um planejamento ao longo de 20 anos para a gestão de resíduos sólidos no estado. Ao todo, são 22 estratégias, que resultarão em 30 metas de implantação que devem ser realizadas de forma imediata, a curto prazo, a médio prazo ou a longo prazo.

Para que todas as estratégias e metas sejam cumpridas, cinco programas foram desenvolvidos, sendo que dois deles estão ligados à logística reversa. Um desses é o Programa Paranaense de Logística Reversa que objetiva atender e rever todos os setores sujeitos à realização da logística reversa.

Segundo a assessoria da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), responsável pela gestão do plano, o Governo do Estado está dialogando com setores para adaptar a logística reversa à realidade local. “Estão sendo formalizados termos de compromissos, com metas mais audaciosas e robustas, visando um atendimento regionalizado e compatível com a realidade paranaense. Atualmente, o programa está em vias de formalizar novos termos de compromissos com seis setores, sendo eles: agrotóxicos, medicamentos, pneus, eletroeletrônicos e embalagens de óleos lubrificantes e saneantes”, comunica a assessoria.

O diálogo já começou a render frutos. “Recentemente, foi assinado no âmbito do programa um termo de compromisso com o setor de lâmpadas, o que resultou em mais de 2 milhões lâmpadas coletadas em 390 municípios do Estado do Paraná”, explica a assessoria.

Outro programa é a plataforma digital Contabilizando Resíduos, prevista para ser lançada neste mês. Esta plataforma hospedará as informações dos municípios e dos setores sujeitos à realização da logística reversa. O sistema dividirá as informações em dois módulos: a de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Logística Reversa (LR). As informações ajudarão o Estado a auxiliar na gestão desses resíduos.

Na prática, os dados no módulo de Logística Reversa deverão ser preenchidos pelas empresas. “Essa plataforma prevê um módulo de Logística Reversa (LR) que será de preenchimento obrigatório pelos fabricantes, importadores, distribuid