Atividades culturais são afetadas com a pandemia e artistas buscam se adaptar

Por Redação 3 min de leitura

A pandemia da Covid-19 mudou muitas rotinas, inclusive a rotina das pessoas que promovem a cultura e vivem por meio dela, seja na dança, no teatro, na música ou na arte. É próprio de tudo que está relacionado à cultura e ao lazer reunir pessoas, por isso, este setor é o que paralisou totalmente desde março de 2020 e continua até hoje.  “A cultura leva a unir pessoas, se fizer uma apresentação ou um teatro vai gerar aglomeração e isso não é possível agora”, explica o secretário da Cultura de Irati, Alfredo Van der Neut.

Mas não se trata apenas de promover a cultura às pessoas, este trabalho é também o sustento de muitos. Em razão disso, o governo Federal regulamentou a Lei Aldir Blanc que prevê auxílio financeiro ao setor cultural. Foram liberados em setembro do ano passado R$ 3 bilhões para os estados, municípios e o Distrito Federal destinados para a manutenção de espaços culturais, pagamento de três parcelas de uma renda emergencial a trabalhadores do setor que tiveram suas atividades interrompidas.

Por outro lado, as adaptações que a sociedade foi conduzida a fazer em razão da pandemia levaram a abrir novos horizontes  no meio virtual, assim, os eventos e as atividades culturais que são possíveis de serem feitos remotamente estão acontecendo pelas lives.

“Tenho visto muitas pessoas se reinventarem, sabemos que são muitos os setores que estão sendo afetados pela pandemia. Aqueles que trabalham em áreas que não são tão essenciais acabaram sendo mais afetados, e tiveram que inovar ou procurar outras atividades para se adaptar”, relata Alfredo.

Além do que era promovido pela Secretaria de Cultura de Irati, há também as ações desempenhadas pela Unicentro e por artistas que trabalham neste ramo e relatam como está sendo viver a cultura e por meio dela há mais de um ano no cenário de pandemia.

Unicentro

Na Unicentro, todos estavam acostumados com o contato presencial e grandes eventos faziam parte da agenda da comunidade acadêmica, como relata a chefe da Divisão de Promoção Cultural (Diproc) da Unicentro Campus Irati, Eliziane Manosso Streiechen.

“Estamos acostumados, aqui na Unicentro, a participar de grandes eventos que ocorreram presencialmente. E sentimos muita falta disso. Desde o ‘tumulto’ de acadêmicos, professores, entre outras pessoas andando em direção ao auditório ‘Denise Stoklos’, na expectativa de assistirem a uma boa palestra, a um teatro ou outras apresentações que ocorriam quase que semanalmente no Campus”, disse Eliziane.

A Diproc realizou no ano de 2020 dois eventos no formato on-line: II Mostra Arte Surda: Cultura Surda e XV Edição do Varal de Poesias Cristina Mosele: Subjetividade na Pandemia. Em parceria com outros apoiadores também foi desenvolvido virtualmente os Sábados Literários, projeto conhecido por muitos que está na 9ª  edição este ano.

Eliziane conta que, em 2021, todos aguardavam o final da pandemia para retornar os eventos presenciais, mas a situação indicou que o ambiente virtual ainda continuará. Neste sentido o Diproc pretende colocar em prática um projeto denominado Lombadas, que tem como objetivo desenhar e pintar, nas paredes da Universidade, as lombadas dos livros de autores da Unicentro de Irati. “A intenção, desse projeto, é divulgar e perpetuar a memória de nossos pesquisadores