Iratiense de 18 anos precisa de transplante de medula óssea e motiva o debate sobre doação

Por Redação 3 min de leitura

Recentemente teve início uma campanha em Irati para a divulgação da história da Maria Eduarda Costa, de 18 anos, que tem leucemia e precisa de um transplante de medula óssea. O caso trouxe à tona a importância do cadastro de doadores junto a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) de Irati.

Maria Eduarda foi diagnosticada com a doença em agosto do ano passado e logo após, iniciou o tratamento contra a leucemia – um câncer maligno que causa o acúmulo de células doentes na medula óssea substituindo as saudáveis. A jovem está na terceira fase do tratamento e precisa realizar um transplante de medula óssea assim que as sessões de quimioterapia acabarem. 

Segundo a médica Larissa Gimenez Mazepa, da UCT de Irati, o transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue. “A doação pode ser aparentada ou não aparentada. No primeiro caso, o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais”, explicou. Há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível na família, um irmão totalmente compatível (100%) será a primeira escolha para ser um doador, caso contrário, inicia-se a busca de alternativas para a realização do transplante.

Reação da família e campanha

Jackeline de Fátima Fernandes, tia da Maria Eduarda, conta que toda a família ficou muito desesperada quando recebeu a notícia que a jovem tinha leucemia. “Porque a gente já conhece um pouco sobre essa doença, então ficamos bem nervosos. Agora, no momento, já estamos mais tranquilos porque a gente sabe que ela está tendo todos os recursos necessários”, disse.

A jovem de 18 anos tem demonstrado muita força durante o tratamento e não está se deixando abalar. “Nós entregamos nas mãos de Deus porque nós cremos que Deus está na frente, nos apoiando e dando forças para a gente”, relatou Jackeline.

Com o lançamento da campanha em Irati, muitas pessoas têm procurado a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) com a intenção de ajudar Maria Eduarda. Entretanto, não é tão simples assim, é preciso que o doador seja compatível, como explica a médica Larissa Mazepa.

“A pessoa tem que ser 100% compatível com a Maria Eduarda para que ela receba essa medula óssea. Então quanto maior o número de pessoas para serem estudadas, maior é o número de chances para que a gente ache um doador compatível”, comenta a médica.

Ter o mesmo tipo de sangue que o receptor não garante que o doador seja 100% compatível. Larissa explica que o sangue tem vários fenótipos, que são chamados de fenotipagem, e cada um desses fenótipos é uma característica da membrana e do núcleo das células-tronco e então, somente após uma analise detalhada do sangue do doador se pode saber se é ou não compatível com o sangue da Maria Eduarda.

Entretanto, assim como a jovem iratiense, há milhares de pessoas no Paraná e no Brasil esperando por um doador compatível para que continuem vivendo ou tenham melhor qualidade de vida. Existe um banco de dados nacional, que cruza os dados dos fenótipos de doadores e pacientes com doenças do sangue que precisam de transplantes de medula.

As informações