Conselho iniciará ações de prevenção às drogas em fevereiro

Por Redação 3 min de leitura

Oferecer possibilidades, diálogo e informações aos adolescentes são alguns dos meios para auxiliar na prevenção ao início do uso de drogas, destaca a secretária municipal de Assistência Social, Sybil Dietrich

O Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas de Irati iniciará as ações de prevenção e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas no dia 10 de fevereiro, em reunião aberta à população, na sede do Conselho da Comunidade.

O conselho, formado por instituições governamentais e não governamentais, tem como um de seus objetivos a prevenção do uso de drogas, principalmente entre os adolescentes, que estão na fase de descobrir novas experiências, como conta a psicopedagoga e secretária executiva do Conselho, Cristiane Santos. “O conselho atua na questão das drogas, mas também do álcool, cigarro e narguilé que hoje é muito comum entre os adolescentes e que tem um dano severo na saúde das pessoas”, disse.

Ela destaca que atuar no combate ao uso de drogas é um desafio, mas que o Conselho está se estruturando para enfrentar a questão. “Acredito que o Conselho está se equilibrando e tem muito potencial. Ações de enfrentamento ao álcool e outras drogas são um desafio permanente na sociedade, e, muito mais do que procurar culpados, devemos pensar alternativas de qualidade de vida. Cada pessoa é única e terá um tratamento diferente”, complementa.

Desafio

Entre aqueles que já são usuários de drogas, o principal desafio, de acordo com a psicopedagoga Cristiane Santos, não é o tratamento, mas a reintegração deles na sociedade. “Muito se fala sobre o dependente químico, que vamos internar, mas será que realmente internar vai resolver o problema? Vai ficar de dois a três meses no hospital sem usar nada. O desafio vem quando a pessoal volta para a casa, com o mesmo ambiente, mesma rotina, aí que vem o verdadeiro desafio e tratamento”, enfatiza.

Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Sybil Dietrich, estas questões sempre foram vistas erroneamente como problema de segurança pública. “Não podemos combater só como segurança pública, como crime. O que acontece muito é a distorção da população com relação a essa situação, criminalizando qualquer pessoa relacionada à droga. O usuário que está em situação de rua é visto como um problema de segurança, e isso não pode acontecer. Antes de tudo essa pessoa tem um problema de saúde, tem um vício que deve ser combatido. Até porque se você tratar só como um problema de segurança pública, a pessoa vai cometer o crime, vai ser penalizada, mas vai voltar a cometer o crime para manter o vício. A raiz do problema não são os crimes, isso é uma consequência”, explica.

Diálogo e informação

A prevenção ao uso de drogas é uma preocupação da Secretaria Municipal de Assistência Social.  Sybil conta que diversas ações são realizadas através dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) do município. “Abrimos espaços para fortalecer vínculos comunitários entre a população jovem, adolescente, crianças e também o vínculo familiar. Trabalhamos essas temáticas voltadas ao uso e abuso de substâncias lícitas e ilícitas”, diz.

Ela comenta que a melhor forma de prevenir que os jovens entrem e sigam no mundo das drogas é oferecer poss