Empresários decidem não realizar programação de Natal na Rua da Cidadania

Por Redação 4 min de leitura

Proposta feita pela Aciai foi rejeitada por empresários por acreditarem estar muito próximo do Natal. Uma comissão será montada no próximo ano para antecipar o planejamento da programação

Uma reunião feita na manhã de terça-feira (03), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), trouxe a proposta de realizar uma programação de Natal na Rua da Cidadania, em Irati. A proposta da Aciai foi feita após a decisão da prefeitura de fazer a programação do município no Parque Aquático.

“Trouxemos essa proposta de fazer um evento na Rua da Cidadania no sentido de atrair pessoas para o evento e também para o centro da cidade. Nós entendemos que muita gente poderá ir ao Parque Aquático e deixar o centro da cidade vazio”, disse o presidente da Aciai, Elias Mansur.

Contudo, os empresários presentes na reunião votaram por rejeitar a proposta inicial e elaborar uma comissão a partir do próximo ano para antecipar as organizações de fim de ano. Segundo os empresários, a realização de uma programação neste momento seria muito tarde.

“Os empresários decidiram que por estar muito em cima da hora, esse projeto seria falho. Então, eles decidiram não fazer esse ano. Mas quero deixar um alerta que esse mesmo pessoal que está aqui hoje, está se prontificando em fazer uma comissão para o ano que vem, a partir de maio, nós fazermos uma visita ao prefeito e propor um projeto de Natal para o município todo, para os bairros”, disse.

Retorno

Uma das questões apontadas por empresários na reunião foi sobre a programação de Natal trazer um retorno em vendas para o comércio. Para os empresários, as experiências são diferentes. No caso da empresária Schaiane Penteado, que possui comércio na Rua da Cidadania, a experiência com os eventos não foi positiva, já que o horário dos shows atrapalhava no atendimento. “As tendas estavam montadas na porta da minha loja. Então, eu tinha que fechar mais cedo para conseguir atender as clientes na loja, por causa do som que entrava na loja”, disse. Para ela, a mudança para o Parque Aquático não deve afetar. “Para nós no comércio não muda, porque quem sai para passear com as crianças, para comer, sai para isso e depois vai comprar. Quem sai para comprar, vai comprar. Quem sai para passear, sai para passear”, disse.

Já para Rogério Kuhn, o comércio acaba ganhando com o incentivo de um espírito natalino nas pessoas. “O espírito natalino acaba desviando para o comércio. Não é essa intenção do Natal, mas o comércio acaba agarrando essa comemoração e transformando ela em venda”, disse. Ele também reconhece que um evento único não traz o resultado direto ao comércio, mas que diversas ações podem trazer um ar mais agradável à cidade. “Não é fazer uma Casa do Papai Noel ou uma rua enfeitada que vai ajudar toda a cidade. Mas um marketing, uma iluminação das praças, Noel itinerante que passa em todos os bairros”, explica.

Para Amanda Gryczyenski, da Câmara da Mulher, o retorno em vendas depende das ações que são realizadas. “Depende muito das ações que são desenvolvidas. Algumas ações só movimentam e trazem as pessoas para o centro, traz as pessoas para o local específico, mas não reverte aquilo em uma venda”, disse. Para ela, a decoração e iluminação é uma demonstração que a cidade está cuidada, mas des