Apenas 25% dos produtores de Irati atualizaram cadastro do rebanho, prazo termina dia 30
Quem não atualizar dados poderá ter dificuldades na movimentação de animais pelo estado e até receber multa
Aproximadamente 25% dos mil produtores rurais cadastrados em Irati na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) atualizaram o cadastro de seu rebanho. O prazo final para a atualização é nesta sexta-feira (30).
Produtores que não atualizarem o cadastro do rebanho poderão sofrer penalidades como dificuldades em emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), o que pode dificultar a comercialização, e até o recebimento de multa.
A atualização do cadastro faz parte do planejamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de tornar o Paraná reconhecido internacionalmente como estado livre da febre aftosa, sem vacinação. Nacionalmente, o novo status já foi reconhecido em outubro. A expectativa é que se dobre as exportações de carne com o novo reconhecimento.
“As antigas campanhas que tinham de vacinação contra a febre aftosa, que era em maio e novembro, foram substituídas por essas campanhas de atualização cadastral. A obrigação dos produtores é de vir e fazer essa atualização”, conta a fiscal de Defesa Agropecuária, Cristina Barra do Amaral Bittecourt.
Atualização
Todos os produtores que possuam animais com interesse econômico precisam fazer a atualização, inclusive os que não possuem bovinos.
O produtor que já possui cadastro deverá contabilizar todos os animais, com informações como idade, tipo, se é macho ou fêmea. No caso de bovinos, os produtores poderão utilizar a classificação da época de vacinação: de 0 a 1 ano, 1 a 2 anos, 2 a 3 anos, e mais de 3 anos, além se é macho ou fêmea. “Cada produtor tem que olhar, ver o que ele tem de animais, que categoria está e trazer a relações dos animais pra cá”, conta Cristina.
No caso de outros animais, a contagem também tem de ser feita. “Quem tem suíno, se tem matriz, se tem cachaço, se tem leitão até quatro meses ou maior de quatro meses, também tem que classificar”, disse. A atualização pode incluir animais como para galinhas, cabrito, carneiros, colmeia de abelhas e tanques de peixes.
Quem ainda não é cadastrado na Adapar, também precisa levar outros documentos. “Produtores novos devem trazer o CPF, o RG, uma conta de luz no nome da pessoa, e uma documentação da terra onde eles criam os animais”, relata.
Mais fiscalização
Com o fim da vacinação, os bovinos não estarão protegidos contra a doença. Para que a doença não volte, a Adapar deverá aumentar a fiscalização nos rebanhos e também em documentações.
Uma das atividades será a vistoria de rebanhos, para verificar se não há sinais de doença. “Nós vamos intensificar as ações de vigilância e poderemos pegar por amostragem propriedades e alguns animais, onde vamos buscar se tem algum sintoma de febre aftosa. Por exemplo, aftas na língua, na gengiva, salivação, afta entre os cascos, nas tetas. Já estamos fazendo a vigilância a campo”, conta.
Outro meio será a análise do saldo de rebanho informado pelo produtor, especialmente o aumento expressivo de animais, sem comprovação. “As diferenças de saldo de rebanho podem estar sujeitas a auto de infração ou multa. Só para se ter um exe

