Iratiense e namorada fazem expedição pela América do Sul

Por Redação 3 min de leitura

“Apreciar melhor a vida, viver cada dia de uma forma diferente, conhecer o mundo e fazer disso nosso trabalho”. Está foi a decisão tomada por Rubens e Larissa para o ano de 2019. No dia 11 de janeiro, o jovem casal partiu de Irati dirigindo uma caminhonete, rebocando trailer, com a proposta viver novas experiências em vários locais da América do Sul.

Nos planos do iratiense Rubens Surek, 35 anos, e sua namorada Larissa Serafini, 29 anos, natural de Palmas, eles pretendiam chegar até o Ushuaia, na Argentina, depois ir até Machu Picchu, no Peru, e voltar ao Brasil. Isso tudo até o final de setembro. Mas, alguns percalços, como enchentes e nevascas, farão com que a viagem demore um pouco mais, o que não os desanima.

Para Rubens, a expedição é a realização de um sonho de infância e a oportunidade de “ver o mundo com outros olhos”.  Diante de paisagens deslumbrantes e podendo decidir quantos dias permanecer em cada cidade ou vilarejo, ele conta que a motivação por desbravar novos horizontes aumenta. “Se estas motivações me fizeram partir, as que surgem no caminho me fazem querer ainda mais. E agora, me encontrei nesta vida. Mais simples, mais minimalista, mais intensa. Do jeito que eu queria”, diz.

Ele conta que sempre foi apaixonado por viagens e acredita já ter feito muitas, entretanto, agora a experiência é outra. “Ainda precisava provar dessa vida um dia ou nunca viveria sossegado. Viajar pela América do Sul nunca me saiu da cabeça. Mas não queria apenas visitar. Eu queria viver a América do Sul e agora ela é nosso quintal. E que quintal bom pra brincar e voltar a ser criança”, relata.

Larissa frisa a intensidade da experiência. “Aqui, cada dia é diferente um do outro. Saímos de uma cidade a outra sem saber como será, nem onde vamos ficar e nem o que encontraremos. É inusitado. De repente você está em meio a um deserto, na companhia de guanacos na beira da pista e aí surge um cerro tapado de neve. Uauuu! É de arrancar suspiros. E por falar em neve… Que linda! E o idioma? E os produtos no mercado! E o clima? É demais. Que experiência intensa”, diz.

Custo da viagem

O casal afirma que está fazendo uma viagem autossustentável. Eles têm como renda fixa o aluguel de uma casa pequena em Irati e para poder custear todas as despesas dos passeios,  ao longo do percurso fabricam e vendem trufas de chocolate, docinhos e artesanatos. Também  fazem trabalhos temporários para melhorar o orçamento.

“Na questão financeira podemos dizer que as coisas por aqui são parecidas com a vida em Irati. Trabalhar para bancar despesas de mercado, combustível, farmácia, equipamento para o trailer, diversão etc. E a vantagem aqui é que aqui não temos algumas despesas fixas, como conta de água, luz, telefone, internet”, relata Rubens.

Segundo ele, a maior preocupação é deixar a mecânica da caminhonete sempre em dia, o que consome grande parte dos recursos. Nas demais necessidades do dia-a-dia, sempre economizam o que podem.  “Levamos uma vida bastante simples e econômica, abrindo mão de muitas coisas para fazer passeios, comer algo tradicional e seguir viagem”, comenta.

Eles mantêm uma reserva financeira, para uma eventual emergência. Entretanto, ao longo dos dias, às vezes, acabam gastando um pouco mais que do que imaginavam. “Quando bate aquele aperto, damos um gás na produção de doces e v