Região centro sul se mobiliza contra bloqueio na marcação de consultas em Curitiba
Munícipios na região não conseguem fazer novas marcações de consultas usando vagas da rede municipal de Curitiba. Prefeitos elaboram documento pedindo ajuda do Governo Estadual
O bloqueio de Curitiba para a marcação de consultas e exames através de sua rede municipal fez com que lideranças da região elaborassem um documento pedindo o auxílio na revisão deste bloqueio.
O documento foi assinado por prefeitos, secretários de Saúde, e 4ª Regional de Saúde, na sede da Associação dos Municípios Centro Sul do Paraná (Amcespar), em Irati, na sexta-feira (15). Já nesta segunda-feira (18), o documento foi entregue, em Curitiba, ao secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Gebrim Preto (Beto Preto).
No documento, os municípios da Amcespar elencam as dificuldades que o bloqueio trará à região, que não possui muitas especialidades, e explica a necessidade das consultas para melhorar a disponibilização de vagas para os moradores da região.
Bloqueio
Atualmente, as consultas especializadas e exames são marcados no estado por dois sistemas, custeados com recursos do Ministério da Saúde: o MV e o E-Saúde.O MV é um sistema estadual, onde todas as regionais têm acessos às vagas que estão disponíveis na região e no estado.
O E-Saúde é um sistema municipal de Curitiba. Nele são disponibilizadas vagas da rede de Curitiba. Como Curitiba não usava 30% das vagas, ela “emprestava” para o restante do estado que poderia utilizar para marcação de exames e consultas de média e alta complexidade, indisponíveis na rede estadual.
No entanto, no início de fevereiro, algumas marcações de consultas e exames já começaram a ter bloqueio. Na última semana, já não havia a possibilidade de marcação, segundo a 4ª Regional de Saúde.
Ação política
Segundo o presidente da Associação dos Municípios Centro Sul do Paraná (Amcespar), prefeito de Inácio Martins, Júnior Benato, o bloqueio deverá prejudicar a região que possui defasagem na área de saúde. “Nós não temos nem o profissional qualificado, o profissional hoje ele quer estar nos grandes centros. Curitiba é nossa referência, até pela regional ser próxima de Curitiba, e o profissional especializado gosta de estar numa cidade grande, que tem tudo a oferecer para esses profissionais. Nem temos esses profissionais qualificados ou credenciados aqui pela nossa regional, de Irati, ou outro hospital de referência da região. Então, imediatamente não teremos soluções”, disse.
Júnior Benato ainda afirmou que a ação política para reverter o fato tem sido feita, como a entrega do documento ao secretário estadual. “Logo após a reunião, eu tive uma conversa com o vice-prefeito de Curitiba, que acolheu a demanda, que seja imediatamente protocolado o documento na Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, uma cópia desse documento para que ele já tenha uma ação nos bastidores, com o seu secretário de Saúde, do munícipio de Curitiba”, relata.
O diretor administrativo do Consórcio Intermunicipal de Saúde, Luís Fernando Zanon de Almeida, destacou que a entidade está disponível aos municípios. Ele comentou que uma das soluções seria aumentar o número de consultas através do Consócio, no entanto, isto aumentaria os custos. “Podemos buscar isso com mais profissionais para atender, ou aumentar o nú

