Número 193 para ligações de emergência apresenta problemas na região Centro Sul
Diante de uma situação de emergência, como acidente ou incêndio, um dos números mais conhecidos para pedir socorro é 193, do Corpo de Bombeiros. Entretanto, nos últimos dois meses, na região Centro Sul tem ocorrido problemascomo a ligação ser transferida para outras instituições oumesmo não ser repassada à central do Corpo de Bombeiros.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Irati, capitão Jorge Augusto Ramos, inicialmente a situação foi identificada através das redes sociais, onde os bombeiros viram postagem que reclamava da demora no atendimento. Junto a isso, outro fator foi que os próprios bombeiros não conseguiram fazer uma ligação pelo 193 que caísse na central de Irati. “Em Rio Azul me deparei com acidente e fui pedir apoio, quando liguei caiu em Guarapuava”, disse.
O comandante ainda relata que as ligações são transferidas de acordo com a localização geográfica, e não pela localização de atendimento do Corpo de Bombeiros. “A pessoa de Rio Azul, por exemplo, quando liga de determinada operadora, liga para o 193 que é o número do bombeiro, essa ligação cai em Guarapuava. Em determinados locais próximos de Mallet ou Rio Azul cai em Ponta Grossa. A região próxima a Inácio Martins e Cruz Machado já identificamos a ligação caindo em Maringá. Nós já identificamos locais que o chamado de socorro chegou no litoral”, relatou o capitão Jorge Augusto Ramos.
Apesar de o problema existir, uma das dificuldades é que nenhuma queixa formal foi registrada.“Nós temos notado muitos informes, mas nunca chegou na forma de reclamação de pessoas que não conseguem ligar no Corpo de Bombeiros por meio de determinadas operadoras de celular”, explica o comandante.
Causa
De acordo com o comandante, o telefone da central de Irati tem funcionado e recebido chamadas. “Observamos que nosso telefone está funcionando, o serviço está funcionando de maneira normal. Por que a ligação caiu na Polícia e não caiu no Bombeiro?”, indagou.
Por isso, ele acredita que o problema pode ser em alguma operadora que presta serviços ao usuário de telefonia móvel. Quando se faz a chamada, algo na linha do usuário faz ele ser transferido para outra cidade, para a Polícia Militar ou até mesmo não finalizar a ligação. “Estamos tentando nos comunicar com as operadoras para verificar o que está acontecendo, mas senão obtivermos, vamos procurar outros caminhos para que haja essa correção. Já é ruim estar em uma situação de emergência, mais ruimainda é você conseguir ter o mecanismo para ter o telefone celular para chamar a emergência e não conseguir porque está havendo algum problema”, explica.
No entanto, o comandante tem dito que o contato está difícil. “Já tentamos falar com as operadoras, mas não conseguimos telefones adequados. Com essas questões de call-center, número remoto, até agora não conseguimos identificar o responsável que nos atenda neste sentido. Estamos percorrendo alguns caminhos para tentar achar os responsáveis para nos certificarmos das questões das programações, mas isso vai ter que ser levado de repente até o Ministério Público, para que com seus argumentos, consiga acionar as operadoras para que corrijam essas situaç&o

