Mortes por afogamento marcam este início de ano na região

Por Redação 4 min de leitura

Apesar de não serem frequentes, os casos de afogamentos têm sido marcantes no início deste ano, principalmente por causarem vitimas fatais na região.

Uma das vítimas, em janeiro, foi um adolescente de 16 anos que morreu em Fernandes Pinheiro. Ele estava brincando em um tanque de peixes, e como não sabia nadar, quando caiu, acabou se afogando.

Na última semana, em Prudentópolis, dois homens morreram ao tentar salvar um jovem de 14 anos que estava se afogando no Rio dos Patos. Todos os três, que eram da mesma família, morreram afogados.

Em Mallet, dois jovens também morreram por causa de afogamento. Segundo testemunhas, um dos jovens tentou salvar o outro que estava se afogando e acabou não conseguindo.

Foi em Mallet, também que outro caso chamou a atenção na última semana. Um homem caiu em um rio com sua bicicleta, depois de perder o equilíbrio por causa de um caminhão que passava pela ponte. Ele chegou a ficar mais de duas horas pedindo socorro, até a Polícia Militar de Mallet chegar ao local e salvar o homem.

Ajudar pode ser perigoso

Muitos dos casos fatais registrados na região ocorreram porque as pessoas tentaram salvar quem estava se afogando. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Irati, capitão Jorge Augusto Ramos, essa é uma prática que não é indicada, especialmente para quem não possui técnicas de salvamento. “A questão do afogamento é uma fatalidade bastante complexa. Ela parece ser muito simples, e muitas vezes as pessoas que sabem nadar acham que têm a capacidade de tirar alguém da água. Mas dentro do meio líquido, dentro da água ou outro meio líquido, a força é dissipada. Não é quanta força, é quanta técnica você tem”, explica.

Uma das razões é que quem está se afogando, por um instinto de sobreviver, simplesmente busca por algo para se agarrar, sem raciocinar muito nas suas ações. Nesta situação, a vítima pode acabar fazendo com que o outro também se afogue. “Ele pega o que estiver na frente. Quando pega uma pessoa, quando a pessoa chega muito perto sem técnica, a reação da pessoa é agarrar e não soltar”, disse.

O indicado é que a pessoa que está tentando salvar a vítima jogue algo para que ela possa boiar. “Ao invés de você tentar acessar aquela vítima e pegar ela com as mãos e trazer para margem, se você não tem técnica, você pode oferecer um objeto flutuante para ela. Uma garrafa pet já é suficiente. Ela usa como boia e vai ter um pouquinho mais facilidade de ficar flutuando. Aí você pode utilizar um galho ou até a própria roupa, uma calça jeans que comumente as pessoas usam, ela tem um tecido mais comprido e consegue ofertar esse meio para puxar para a margem”, explica.

No caso dos bombeiros, ele destaca que há técnicas de salvamento para casos em que não é possível salvar sem acessar o local do afogamento. “Se isso acontecer também, muitas vezes não teve outra maneira, o que o guarda-vida faz nesse momento: ele afunda com a vítima, a medida que ele afunda, a vítima quer o ar, a tendência dela é soltar. Então ele praticamente mergulha com a vítima, se desvencilha da vítima, toma a posição às costas da vítima. E aí tenta tirar. O guarda-vida nunca tenta tirar de frente, a não ser que seja um local mais ra