Remédios vencidos ou a mais podem ser descartados em Irati
Campanha orienta população a descartar corretamente remédios vencidos ou que estão sobrando nas casas. Em Irati, há pontos de coleta na 4ª Regional de Saúde e na farmácia Maxifarma Dellos. Campanha vai até dia 15 de outubro
Quem possui remédios vencidos ou que estão sobrando em casa está tendo uma oportunidade para conseguir fazer o descarte correto do material. O Governo Estadual do Paraná está com uma campanha para recolher os remédios que a população possui a mais.
Em Irati, os remédios vencidos ou a mais podem ser entregues na 4ª Regional de Saúde e na farmácia Maxifarma Dellos até o dia 15 de outubro. “O objetivo da campanha é pra conscientização do descarte correto do resíduo químico, da medicação que você não usa mais, sem contar que a automedicação e o uso irracional do medicamento contribuem para que os medicamentos estejam entre os principias causas de intoxicação. Somando a isso, ainda se tem que o descarte inadequado de medicamentos, como nos vasos sanitários, lixos, como pia, esgoto, queima a céu aberto, que acontece muito e gera um grande passivo ambiental”, explica a chefe da 4ª Regional de Saúde, Jussara Kublinski.
Perigos
O farmacêutico gerente técnico-científico do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, Jackson Rapkiewicz, destaca que o descarte incorreto pode contaminar o meio ambiente e, em consequência, trazer complicações para os seres humanos.
“Quando um medicamento é descartado de forma inapropriada (lixo comum, pia, vaso sanitário), os componentes químicos contaminam o ambiente e podem retornar à população através de água ou alimentos. O contato com essas substâncias pode ser prejudicial à saúde, principalmente quando se trata de medicamentos tóxicos para as células. A contaminação do ambiente também possibilita a interferência com o ciclo de vida dos animais, o que pode prejudicar o homem indiretamente”, explica.
Outro problema é a automedição. O farmacêutico ressalta que a automedicação pode ser feita com medicamentos sem tarja, mas precisa de orientação. “A automedicação é uma prática autorizada pelo Ministério da Saúde, mas deve ser realizada apenas com medicamentos aprovados para esta finalidade (aqueles que não possuem tarja), em indicações específicas previstas na bula e com a orientação do farmacêutico”, disse.
Ele também destaca que se medicar com remédios que sobraram de outros tratamentos é arriscado. “O paciente não conhece os riscos envolvidos (contraindicações, potenciais reações adversas, potenciais interferências com outros tratamentos), não é capaz de avaliar sua condição clínica, pode utilizar doses erradas e pelo tempo incorreto e ainda possibilita que os sintomas de uma doença em estágio inicial sejam mascarados”, conta.
Descarte
O farmacêutico da 4ª Regional de Saúde, Bruno Wesley Soltovski, conta que a campanha é possível porque houve uma parceira para realizar o descarte. “Essa campanha é um acordo que foi feito com o Sindicato das Indústrias do estado de São Paulo e esse sindicato contratou uma empresa para recolher esses medicamentos”, relata.
Segundo Bruno, diversos medicamentos são aceitos no descarte. “São medicamentos que as pessoas têm em casa e acabam deixando de usar por término de tratamento, entre outros motivos, ou acabam vencendo e elas não têm o que fazer com o

