Seis cidades aprovam projeto de lei para implantação no Samu
Guamiranga, Imbituva, Teixeira Soares, Rebouças, Inácio Martins e Fernandes Pinheiro já aprovaram os projetos de lei que os autoriza a integrar um consórcio para a implantação do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência, Samu, na região.
Dos municípios de abrangência da 4ª Regional de Saúde ainda faltam Irati, Mallet e Rio Azul. Nos dois primeiros, os projetos já foram encaminhados às câmaras de vereadores, que devem analisar os projetos. Em Rio Azul, o projeto ainda deverá ser enviado para a Câmara Municipal apreciar.
De acordo com a chefe da 4ª Regional de Saúde, Jussara Kublinski, a fase de habilitação dos municípios deverá acontecer somente quando todos aprovarem os projetos. “Depois dessa lei aprovada, os municípios vão correr atrás da documentação para habilitar”, comentou.
A expectativa da 4ª Regional é que no próximo ano já inicie o atendimento. “Nós cremos que o Samu deve estar começando a funcionar em março”, disse.
Atualmente, o Samu tem 87% de cobertura no estado. Com a efetivação do consórcio, a cobertura do Samu no Paraná passará para 96%.
Discussões
Uma das dificuldades para a implantação do Samu na região está na situação financeira dos municípios, o que faz com que algumas autoridades tenham receio de não ter recursos para contribuir junto ao consórcio.
Para participar, os municípios terão que pagar um valor mensal, que é calculado de acordo com a população per capita de cada munícipio, sendo de R$2 para cada habitante. No entanto, esse valor ainda não é fixo, pois se um dos municípios desistir do consórcio, os demais municípios poderão ter de ratear o que o município desistente pagaria.
A situação tem sido discutida nas câmaras de vereadores dos municípios. Em Inácio Martins, o projeto chegou a ser aprovado, mas houve um voto contra. Ao comentar a votação, o prefeito Júnior Benato, disse que não é possível colocar preço na saúde. “Não foi por unanimidade. Tem vereador que votou contra o projeto, não entendendo, talvez colocando preço na saúde. Para mim a saúde é salvar vidas, não existe valor, ela tem de ser acima de tudo. Salvar uma vida, não importa o preço”, disse.
A discussão também já chegou à Câmara de Vereadores de Irati, onde o presidente da Casa, Hélio de Mello, manifestou-se na última semana, quando o projeto foi lido em plenário.
Durante seu pronunciamento sobre a falta de dentistas na área rural do município, o presidente disse que é preciso uma análise do projeto e pediu uma documentação mais detalhada sobre de onde virão os recursos. “O projeto deu entrada solicitando autorização de participar no consórcio para que Irati seja atendido pelo Samu, e na mesma pauta, um projeto de lei solicitando ao Legislativo autorização para pagar de forma parcelada aquilo que já teria que ter contribuído com o Caixa de Seguridade dos Funcionários, que recentemente teve um projeto que foi aprovado para pagar menos ainda. Não somos contra o Samu, mas ele tem o custo. Quanto custa? De onde vai sair o dinheiro?”, indagou.
Dos municípios da 4ª Regional da Saúde, Irati deverá

