Indefinições marcam convenções partidárias nacionais
Mesmo com começo das convenções, partidos ainda discutem composições de chapa e os vices para a disputa das eleições majoritárias
Desde sexta-feira (20) os partidos podem fazer suas convenções estaduais e nacionais para definir os candidatos para as eleições que ocorrerão em outubro.
No entanto, muitos partidos ainda não definiram suas chapas e o balcão das negociações ainda está aberto para eleições majoritárias, que escolherão presidente e governadores, com seus respectivos vices.
Nas primeiras convenções realizadas no último fim de semana, apenas dois candidatos a presidente aprovados nas convenções já anunciando seus vices. O PSOL aprovou no sábado (21) a candidatura de Guilherme Boulos, tendo como vice-presidente na chapa, Sônia Guajajara. Já o PSTU aprovou a candidatura própria no sábado, com Vera Lúcia como candidata a presidência e Hertz Dias, como candidato a vice-presidente.
PDT, PSC e PSL definiram candidatos à presidência, mas deixaram para confirmar os candidatos à vice-presidência mais adiante. Na sexta-feira (20), o PDT aprovou a candidatura de Ciro Gomes à presidência. No mesmo dia, o PSC também aprovou Paulo Rabello de Castro como candidato à presidência. E no domingo (22), Jair Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PSL.
No Paraná, Ratinho Júnior foi o primeiro candidato a governador confirmado no sábado pelo PSD, em convenção conjunta com o PSC e Avante. Mesmo com a aprovação, o candidato a vice-governador na chapa ainda deverá ser definido pelo partido.
O cenário de indefinição é confirmado pelo cientista político, Bruno Oliveira. “De fato, este ano há uma grande indefinição em relação aos desdobramentos das coligações nacionais. Estamos a poucos dias do prazo final para convenções e os partidos estão fazendo os seus eventos ainda sem definição dos nomes de vice e de quais partidos farão parte das coligações”, disse.
Para ele, a indefinição nesta eleição é reflexo dos recentes momentos da política brasileira. “Esta indefinição não tem sido comum no Brasil, mas após o impeachment da presidente Dilma e dos desdobramentos da operação Lava Jato podemos dizer que houve uma desarrumação na estrutura política do país”, explica.
Mesmo entre os partidos que aparentam estar com negociações avançadas ainda há indefinição. Um dos exemplos é PSDB, do pré-candidato Geraldo Alckmin. O nome dele deve ser confirmado como candidato à presidência pelo partido no dia 4 de agosto. O Centrão – formado pelos partidos DEM, PP, PR e Solidariedade – sinalizou apoio a esta candidatura, após quase ter apoiado Ciro Gomes (PDT), e deve apontar um nome para vice-presidente na chapa. No entanto, nem o apoio e nem o nome para vice-presidente foram oficializados, o que ainda dá margem para negociação.
“O PSDB parece ser o partido mais adiantado na formação do seu palanque, depois de ter encaminhado um acordo com o chamado ‘Centrão’, mesmo assim, ainda existe discussão em relação ao nome do vice. Partidos à esquerda e à direita estão ainda indefinidos neste aspecto. Os próximos dias deverão ser bastante intensos nos bastidores”, disse o cientista político.
Outro sinal de indefinição é o fato de que alguns

