Sul-africano que viaja o mundo em uma bicicleta passa por Irati
Peter Gazzard, de 63 anos, está percorrendo o mundo com uma bicicleta há seis anos
Depois de uma viagem de trem com um amigo, Peter Gazzard, de 63 anos, decidiu vender tudo que tinha e começar uma das suas grandes aventuras na vida: viajar o mundo em uma bicicleta. Há pouco mais de seis anos, Peter deixou a África do Sul, onde ele morava, e viajou até a Inglaterra. De lá, partiu para a sua aventura no dia 14 de abril de 2012. Desde então, percorreu a Europa de bicicleta e passou por diversos países como Grécia, Turquia, Irã, Índia, Paquistão, China, Austrália, Nova Zelândia, Taiwan e Coreia do Sul.
Há dois meses está no Brasil, onde já passou pelo Rio de Janeiro e Curitiba. Antes percorreu o Chile, Argentina e Uruguai na bicicleta. No caminho entre Curitiba e Foz do Iguaçu – seu próximo destino – ele passou por Irati, onde pernoitou na quarta-feira (21) no Hotel Abib.
Peter conta que levou dois anos para planejar a viagem. Ele ainda deve percorrer as Américas indo do Paraguai para Bolívia, Peru, Equador até chegar à Colômbia, provavelmente em agosto. O destino final será o Canadá, de onde partirá novamente para a Europa.
São cerca de 70 mil quilômetros rodados com a bicicleta. Mas esse não é seu único meio de transporte nesta aventura. “Na terra, viajo com a bicicleta, algumas vezes pego algum ônibus, como na China. A China é muito grande para atravessar de bicicleta em seis dias – que é o tempo de visto que te dão –, então algumas vezes peguei o trem ou o ônibus. Se eu tenho que atravessar o oceano, eu prefiro pegar algum barco ou navio, senão, eu faço de avião, empacoto a bicicleta em uma caixa e vou ao aeroporto. Mas, na maioria do tempo é na bicicleta”, disse.
A viagem ao redor do mundo fez com que Peter ficasse longe de casa. Depois da morte de sua mãe pouco antes de começar a jornada, ele chegou a ir algumas vezes para a África do Sul para resolver coisas particulares, mas já são quatro anos que ele não volta para seu país. “Mas de país em país é fácil. Só preciso planejar um pouco por causa dos vistos”, disse.
Pernoite
Não há rotina na aventura. Ele conta que acorda de manhã, faz seu café da manhã e pedala por duas horas, até encontrar outro lugar, onde pode comprar uma comida e se alimentar novamente. “Se estiver muito quente, eu recomeço a pedalar até o meio-dia ou um pouco mais tarde. Se o sol não estiver muito quente, eu apenas continuo. Ao fim da tarde, eu procuro um lugar para dormir”, conta.
Os lugares para pernoitar são variados: pode ser hotel, hostel, albergues. Contudo, Peter destaca que prefere acampar. Ele conta que se for algum lugar que pode ser perigoso, ele procura um espaço onde ninguém o possa ver. “É maravilhoso, as pessoas vão às suas casas à noite e não sabem o que acontece ao redor das suas casas. Eu posso encontrar um pequeno terreno próximo a uma casa, colocar minha cabana, e de manhã, de ninguém soube que estava lá”, relata.
Problemas
Apesar dos perigos, Peter conta que a maior parte das pessoas o trata bem. “Em alguns lugares é perigoso. Mas a maioria das pessoas não causa

