Reunião discute custos para a implantação do Samu
Fórum de Discussão da Implantação da Rede de Urgência e Emergência da Região de Irati discutiu sobre funcionamento do Samu
O custo para ter o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na região de Irati foi um dos principais assuntos no Fórum de Discussão da Implantação da Rede de Urgência e Emergência da Região de Irati, realizado na sexta-feira (08), na Câmara Municipal de Irati.
A reunião contou com uma explanação sobre o serviço feita pelo representante de Políticas de Urgência e Emergência da Secretaria Estadual de Saúde, Vinícius Filipak, que apresentou dados sobre a região e também sobre a regulamentação do serviço. O objetivo foi sanar dúvidas quanto ao serviço realizado no estado.
Na apresentação, ele mostrou que apenas no ano passado aconteceram 99 mortes por causa de infarto, sendo que 21 mortes foram de pessoas com menos de 60 anos. Segundo ele, o objetivo é incluir o serviço na região para atender os casos e diminuir os números. “Nós temos 88% do estado do Paraná que já conta com o serviço do Samu funcionando há bastante tempo e nós precisamos implantar esse restante de 12% do qual faz parte a população de Irati e região”, explica.
Custos
Para que Irati tenha o Samu,será necessário que o município invista R$ 120 mil mensais nos primeiros meses de implantação até que o serviço esteja habilitado. Após a habilitação, o município começará receber recursos do estado e da União que poderão diminuir o valor mensal. O valor que o município terá que desembolsar foi um dos principais fatores discutidos na reunião, que chegou a ter debates acalorados. Entre as críticas, está o fato de que não há previsão de onde os recursos sairão.
O vereador Roni Surek disse que é totalmente favorável à vinda do Samu para a região, mas é necessário que o município tenha recursos para oferecer este serviço. “Tem dinheiro, tem Samu. Não tem dinheiro, não tem Samu. É simples”, disse.
O comandante do Corpo de Bombeiros de Irati,capitão Jorge Augusto Ramos,disse que a instituição é favorável ao Samu, mas que há a preocupação para que seja bem implantado. Ele ainda chamou a atenção para necessidade de investimento da Santa Casa de Irati que poderia tratar casos que são tratados fora do município. “Até quando vamos levar paciente para Ponta Grossa? Nós não deveríamos ter transporte de aeronave em Irati. Nós poderíamos levar à Santa Casa e resolver”, disse.
Aspectos humanitários e de necessidades foram discutidos na reunião. Para Vinicius Filipak é preciso analisar mais que somente o custo. “Quando nós temos um serviço pré-hospitalar como o Samu funcionando, as pessoas serão atendidas com mais rapidez e serão direcionadas aos serviços de saúde definitivos, mesmo não sendo aqui em Irati ou nos hospitais na região, quando o tratamento que elas precisam só pode ser feito em hospitais complexos. Portanto, esse custo não pode ser analisado apenas quanto custa cada ambulância. Nós temos um sistema de saúde, uma rede de urgênc

