Irati começa a ter desabastecimento devido à greve

Por Redação 3 min de leitura

Falta de combustível e de alguns tipos de alimentos são alguns dos reflexos para o consumidor da greve dos caminhoneiros. Apesar disso, supermercados comentam que ainda há suprimentos para esta semana

A greve dos caminhoneiros chega ao seu 5º dia com grandes impactos na sociedade. Um dos primeiros sinais foi o desabastecimento no comércio.

Em Irati, o temor de que o combustível acabasse fez com que filas de automóveis se formassem nos postos de combustíveis desde quarta-feira (23). Muitos postos chegaram a fechar, já que não havia mais combustível nas bombas.

Na alimentação, o mesmo ocorreu. Supermercados começaram a registrar aos poucos um leve desabastecimento ainda na quarta-feira.  Produtos como carne, leite e hortifrúti foram os primeiros a serem afetados. No entanto, apesar da falta de alguns produtos, grande parte das mercadorias ainda está disponível aos consumidores.

Segundo o gerente de um dos supermercados da rede Ivasko, Eliel Lopes Pinto, a preocupação principal é com o hortifrúti. “Até hoje de manhã[quinta] estávamos mais tranquilos, ontem [quarta] a procura foi muito grande por mercadoria. O pessoal realmente se assustou com as notícias do desabastecimento, mas é preocupante. Podemos ficar desabastecido. Por exemplo, o nosso hortifrúti. Nós recebemos carga três vezes por semana – segunda, quarta e sexta-, já não recebemos na quarta e com certeza não vamos receber amanhã [sexta]. Então o hortifrúti vai ser o primeiro setor na loja a ficar desabastecido e depois os alimentos básicos”, disse.

A carne também é um dos itens que está começando a faltar. “Como nós temos produtor de suíno na cidade, facilita um pouco, mas o bovino também só tem o que está no balcão. Creio que amanhã [sexta] até às 10h da manhã, carne bovina não vai haver mais. Com isso é uma corrente, você pensa daqui a pouco não vai ter pastel porque não vai ter carne moída, daqui a pouco não vai ter nada assado, nada frito porque vai acabar o gás. Então realmente é bem preocupante, até não é demais falar que quem puder se abastecer com pelo menos uma semana teria que pensar nisso”, aconselha.

Uma das saídas que o supermercado encontrou para garantir o fornecimento de alimentos a todos é a limitação de que cada cliente possa comprar apenas 5 itens do mesmo produto.

Um dos proprietários do G-Center, Marcos Rogério Griczinsk, também destacou que já estão faltando alguns itens, especialmente no hortifrúti, que mesmo possuindo quase 50% de fornecedores locais, também há produtos do Ceasa. “Já está acontecendo a falta de algumas mercadorias, principalmente as mercadorias perecíveis que têm a reposição mais rápida. Elas tem a validade muito curta. Sempre você tem que ter pouco estoque delas. A parte de hortifrúti é a que tem sido atingida mais diretamente”, relata.

As lojas também têm sofrido com desabastecimento de carnes, mas o fato de haver fornecedores regionais está ajudando no abastecimento. “Com o açougue nós temos alguns fornecedores regionais, com a carne suína, a própria carne bovina, vamos conseguir ter alguma coisa, o frango temos algum estoque, mas ele é um produto que é todo ele de fora, acredito que vai ser o item que vai ter uma falta mais rápida&