Alunos do Sesi destacam-se em etapa nacional do torneio de robótica

Por Redação 3 min de leitura

Os estudantes do Sesi de Irati propuseram uma solução para detectar vazamentos de água em tubulações e ficaram como suplentes da etapa internacional da competição First Lego League

Alunos do Colégio Sesi de Irati participaram,no último mês,da etapa nacional do torneio de robótica First Lego League, uma competição internacional que tem por objetivo apresentar crianças e adolescentes ao mundo científico.

Os alunos se classificaram em 15ª lugar na competição nacional que contou com a participação de 83 equipes. Com a classificação, os estudantes de Irati ficaram como suplentes da etapa internacional da competição.

Antes da etapa nacional, os alunos se classificaram em 1º lugar nas seletivas regionais dos Campos Gerais e em 4º lugar na etapa estadual.

Projeto

O tema da competição deste ano foi adinâmica hídrica e os alunos teriam que propor alguma solução ou melhoramento de algo já existente.

A equipe de Irati realizou um projeto para ajudar na detecção de vazamento de água. O estudante César Augusto Tkatchuk, de 16 anos, explica que 35% da água na região é desperdiçada devido a vazamentos em canos. “Nós construímos um TecPipe, que seria um cano inteligente. A partir do momento em que tivesse uma rachadura ou vazamento no cano, ele mandaria um sinal para a central, para imediatamente o vazamento ser detectado, e o mais rápido possível ser consertado, evitando o vazamento. Desses 35%, com nosso projeto conseguimos diminuir para 7%”, disse.

Os alunos construíram um protótipo que foi apresentado durante as etapas do torneio. O protótipo consiste em canos com faixas de cobre que detectam o vazamento e um painel de LED,  que mostra a localização do cano com vazamento. “Quando ele detectar a umidade nesta malha de cobre, no cano, ele vai apitar na central exatamente onde está acontecendo um vazamento. Aqui no protótipo existem duas linhas de cobre – uma em cima e outra embaixo – porque caso ocorrer um vazamento, a água vai bater no cobre e o sensor vai detectar”, explica César.

Segundo os estudantes, o projeto ajuda a automatizar o trabalho dos funcionários que atualmente ainda usam um método manual e analógico para consertar vazamentos, podendo beneficiar a saúde do trabalhador. “Um exemplo claro é meu pai que trabalhava na Sanepar – agora está afastado. Ele detectava vazamentos com esse método arcaico. Ele está afastado porque está com duas hérnias na cervical e está impossibilitado de trabalhar”, conta José Alexandre Wagner, de 16 anos.

Além das faixas de cobre, o cano desenvolvido pelos alunos traz um novo modo de encaixe para a conexão dos objetos, com inspiração nos hidrantes. O encaixe possui três elevações, onde eles se conectam em outros três buracos presentes no outro cano. “Você conecta, gira e ele não sai”, conta Cesar.

Da ideia à prática

Os estudantes explicam que a busca é pela viabilidade do projeto junto com empresas que possam desenvolvê-lo. De acordo com eles, o custo atual da Sanepar com os vazamentos é de R$360 mil por dia, sendo que o custo para desenvolver o projeto seria de R$500 a R$600 a cada cem metros, mais R$2mil para instalação do painel, que seria instalado