Tragédia chama atenção de todos para prevenção de incêndio
A semana iniciou com uma tragédia no centro de Irati. O Centro de Eventos Italiano foi atingido por um incêndio de grandes proporções na madrugada de segunda-feira (26).
Por volta das 4 horas da manhã, o Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o incêndio. Foram necessários mais de 200 mil litros de água, quatro caminhões e mais de duas horas para apagar o incêndio que destruiu o Centro de Eventos.
O fogo não alcançou os empreendimentos localizados na Rua da Cidadania, mas afetou a fiação elétrica dos espaços comerciais anexos, que precisará ser revisada. A parte da lanchonete localizada na esquina também não foi afetada, tendo poucos danos, que poderão ser reparados em um curto espaço de tempo.
De acordo com a Polícia Civil, o fogo partiu de um prédio lateral ao Centro de Eventos Italiano. No local, ao fim da manhã de segunda-feira, peritos do Instituto Médico Legal (IML) encontraram um corpo carbonizado. Acredita-se que o corpo seja de um homem, mas não há confirmação, pois ainda não foi identificado.
Por haver a suspeita de ser um incêndio criminoso com homicídio, a investigação segue com a Polícia Civil, que tem 30 dias para finalizar o inquérito. O corpo carbonizado foi transferido para o IML para exames.
Tragédia poderia ter sido maior
Apesar da perda total do Centro de Eventos Italiano, a tragédia poderia ser pior. O comandante do Corpo de Bombeiros de Irati, capitão Jorge Augusto Ramos, conta que duas situações – compartimentação do prédio e Plano de prevenção – ajudaram a evitar que o fogo se alastrasse a outros empreendimentos localizados na mesma quadra, onde funcionam cinema e lojas, além deuma revenda de botijão de gás na outra esquina.
Compartimentação
Uma das primeiras situações foi a compartimentação do prédio. Segundo o comandante, o empreendimento possui vários compartimentos, já que ao longo do tempo, a empresa foi adquirindo vários prédios, mas manteve as divisões. “Ele manteve essas características. As paredes funcionam como uma parede corta-fogo que é aonde o fogo chega e tem certa resistência. A gente tem a oportunidade de fazer o combate dessas regiões”, conta.
Uma das suspeitas é de que o fogo tenha começado em um prédio lateral e depois seguido por dentro de um telhado. Como as estruturas foram mantidas de forma compartimentada, o fogo não conseguiu se alastrar ainda mais. “As massas de ar quente não conseguem sair, avançam muito rápido dentro de uma edificação, e à medida que ela está em temperatura de queima em cinco, dez minutos do incêndio eclodido tudo entra em temperatura de queima. A compartimentação evita essa fumaça quente e os gases ainda não queimados – já que está tudo em temperatura de combustão –, evita que eles cheguem em materiais mais combustíveis, como o forro, a estrutura do telhado, móveis. Tudo isso dá uma maior resistência ao fogo”, relata.
Segundo o comandante, a exigência da compartimentação é recente, por volta de seis anos. Por isso, construções antigas ainda não possuem a modificação. “Todas as edificações mais antigas não têm esse tipo de prevenção. Em um caso ou outro podem ter feito adap

