Preço da gasolina aumenta pela décima semana seguida

Por Redação 4 min de leitura

Levantamento realizado pelo Jornal Hoje Centro Sul em vários municípios da região, verificou que é em Irati onde estão os preços mais altos. Representantes dos setores comentam os aumentos de preços

O preço de gasolina comum no Paraná subiu pela décima semana seguida, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em novembro do ano passado, o preço médio do litro era de R$3,926. Na semana passada, o preço médio no estado chegou a R$4,138/litro, com um preço máximo de R$4,49.

Na região, a situação é pior. Um levantamento feito pela equipe do Jornal Hoje Centro Sul nesta quarta-feira (31) constatou que, dentre os municípios pesquisados, Irati é o que possui a gasolina mais cara, com preço maior do que em muitos municípios do estado.

Em Irati, o preço médio por litro foi de R$ 4,478, com preço máximo de R$ 4,550 e preço mínimo de R$ 4,390. Logo após vem Inácio Martins, onde o preço médio da gasolina chega a R$ 4,470.

O município com o preço mais barato da gasolina comum é Fernandes Pinheiro, com o litro custando R$4,320.

Se comparar com outros municípios do estado, Foz do Iguaçu é o que tem o preço mais próximo do que é praticado na região, sendo que o preço médio da gasolina está R$ 4,349.

Em Ponta Grossa, o preço médio do litro está em R$4,25, sendo que o preço máximo é de R$ 4,39. Em Curitiba, o preço médio da gasolina é de R$4,036.

A diferença dos preços da gasolina comum em diversos lugares tem movimentado discussões nas redes sociais. Em Irati, internautas estão se mobilizando nas redes sociais para realizar um protesto na manhã deste sábado (03), às 10h, no centro do município, contra o aumento da gasolina.

Postos de combustíveis

O Jornal Hoje Centro Sul entrou em contato com o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR) para saber o motivo do aumento dos preços. Em nota, o Sindicombustíveis-PR destaca que o preço final aos consumidores é influenciado por diversos fatores, e que os postos de combustíveis não são os culpados pela elevação dos preços.

“Em primeiro lugar, lembramos que no Brasil a carga de impostos sobre os combustíveis é extremamente grande. No caso da gasolina, os tributos estaduais e federais representam cerca de 50% do valor final. Para agravar esta situação, no ano passado o governo federal mais que dobrou o imposto PIS/Cofins, e isto teve reflexo imediato nos preços”, explica.

Por meio de nota, o sindicato também relatou que a elevação vista nos últimos meses é reflexo de uma decisão da Petrobrás. No ano passado, a estatal anunciou que mudaria a sua política de preços, aumentando a frequência de ajustes de preços, que segundo o site da companhia, ajudaria a trazer maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo, possibilitando a companhia competir de maneira mais ágil e eficiente. Segundo oSindicombustíveis-PR, o que se viu foi a alta dos preços. “Desde julho do ano passado, a estatal vem realizando alterações quase diárias. Apesar de trazer algumas baixas, a tendência geral foi de grande alta. De julho para cá, a gasolina nas refinarias aumentou mais de 20%. Vale lembrar que o Governo Federal é o maior acionista da Petrobras, empresa que teve prejuízos imensos com a corrupção nos últ