Erasto começa atender novos casos em Irati e pacientes relatam como têm sido o tratamento perto de casa

Por Redação 4 min de leitura

Já foram atendidas 22 pessoas apenas na primeira semana em que iniciaram os atendimentos de novos casos. A estimativa é que sejam atendidos na Unidade de Irati mais de 60 novos casos da região em menos de um mês

Desde segunda-feira da semana passada, dia 15 de janeiro, a Unidade do Serviço de Oncologia Clínica Adicional do Hospital Erasto Gaertner começou a realizar em Irati os atendimentos de novos casos. Rúbia Carla Batista Serkunhuk é uma das pacientes atendidas nesta semana e conta como é ter acesso aos serviços de saúde perto de casa. 

No dia 28 de março de 2017, Rúbia passava por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor em Campo Largo. Diagnosticada inicialmente com um tumor no ovário, Rúbia esperava o momento para conseguir fazer a retirada do tumor pelo Sistema Único de Saúde (SUS), até que em um passeio em Campo Largo, sentiu a dor aumentar e foi direto para o hospital. “Quando o médico abriu em Campo Largo, não tinha tumor no ovário, tinha um tumor no reto, e a medida do tumor era maior. Fiz a cirurgia, passou 30 dias, fiz a reconsulta e o doutor me liberou, falou que estava tudo bem, que não precisava de tratamento nenhum, eu podia voltar a minha vida normal. Faz mais ou menos um mês que começou de volta os mesmos sintomas que sentia antes da cirurgia que é a dor no lado direito, nas costas e na parte da frente”, conta.

Com a volta dos sintomas, ela tentou uma consulta através da Secretaria de Saúde de Irati que encaminhou para a nova Unidade do Serviço de Oncologia Clínica Adicional do Hospital Erasto Gaertner. Rúbia foi uma das 22 pessoas atendidas na primeira semana em que iniciaram os novos atendimentos diretamente na unidade de Irati. São esperados 64 novos casos sendo atendidos na unidade em menos de um mês.

A supervisora da unidade, Daniela ZwierzikowskiRaffo, explica como tem sido o funcionamento desde 15 de janeiro, quando os novos casos passaram a ser atendidos em Irati e não mais em Curitiba. “É o paciente que consultou em um dos nove municípios [pertencentes à abrangência da 4ª Regional de Saúde] e o médico solicitou o encaminhamento para a oncologia. Antes eles iam até Curitiba para a primeira consulta. Lá era feito esse primeiro atendimento, onde o médico direciona qual a especialidade, faz aquela triagem se é ou não câncer”, conta.

Para Rúbia, a possibilidade de atendimento na mesma cidade em que mora é algo prático. “Se eu tivesse que ter que ir pra Curitiba, eu teria que ter saído de madrugada, digamos que a minha consulta fosse realmente às 14h da tarde, eu estava até agora lá esperando a minha consulta, eu teria pegado o ônibus de madrugada, ia me consultar, teria que esperar outros pacientes se consultarem para poder voltar a Irati. E aqui não”, disse.

Contudo, para ela, o mais importante é poder iniciar a primeira consulta na companhia dos familiares. “A gente se sente melhor, sabendo que está aqui, que pode vir meu marido, minha filha junto, pode de repente, amanhã vir minha mãe, minha irmã, meu filho”, relata.

Atendimentos

Antes dos atendimentos aos novos casos, a unidade já estava cuidando de casos que iniciaram o tratamento em Curitiba. Segundo a supervisora, dos 641 casos da 4ª Regional atendidos pelo Erasto em Curitiba, 293 casos passarão ser atendidos em Irati.

Ela conta que o atendimento feito na unidade é um atendimento ambulatorial. “É o paciente que faz consulta anual, ou a cada seis meses, o acompanhamento do câncer, do câncer curado ou em tratamento. Também os pacientes que fazem o tratamento com a bombinha, eles vão até Curitiba para colocar, mas já est&atil