“Sem investidor, futebol na cidade de Irati é inviável”, diz ex-presidente do Iraty
Marcos Antônio Marques fala sobre sua saída da presidência do IratySport Club
Marcos Antônio Marques não é mais o presidente do IratySport Club. A carta de demissão foi entregue ao Conselho Deliberativo do clube a menos de dois meses do final de seu mandato.
Ao jornal Hoje Centro Sul, o ex-presidente afirmou que a saída se deve a questões profissionais e de saúde, e nega que seja por pressão política dentro da diretoria. Ele ainda criticou a falta de apoio ao futebol iratiense e fez um balanço de seu mandato.
Saída
O ex-presidente do Iraty fala que a saída se deu principalmente por causa da incompatibilidade com a sua atividade profissional. Ele afirma que com a abertura das piscinas na temporada de verão é exigido que o presidente tenha mais tempo. “O motivo específico é que não estou conseguindo compatibilizar horários, porque o clube precisa que alguém faça o meio expediente diário e com a minha atividade profissional está sendo complicado cumprir esse horário”, disse.O outro motivo é em relação à sua saúde e a pressão da família para que cuide disso. “Estou tendo problemas de saúde, queira ou não queira você acaba se desgastando, então não está dando para conciliar”, diz.
Ele nega que a sua saída seja relacionada à situação financeira do clube e à pressão política interna. “Se fosse em relação a boatos, eu estou tendo problemas desde que eu assumi o clube e não deixaria para renunciar faltando dois meses para vencer o mandato. Se fosse em relação à situação financeira do clube, teria renunciado há muito tempo atrás”, conta.
Mandato
O ex-presidente afirmou que o primeiro ano de gestão foi para reformar diversas partes do clube que estavam danificadas. Ele mostrou fotos de antes e depois. Entre as reformas está colocação de piso na piscina, melhoramento do campo de futebol, reconstrução de muros e limpeza nos arredores do clube.
“O primeiro ano nosso foi para reconstruir o clube. O que tinha sido abandonado, por não opção – isso não estou questionando, foi questão da presidência, presidente não queria futebol, era direito dele e achou o que era melhor para ele – e mesmo assim entramos no futebol no ano passado porque foi uma das nossas metas, uma proposta nossa como candidato: retornar o futebol profissional para nossa cidade. Te falo com sinceridade: se eu soubesse o que iria acontecer para frente, nunca iria ter feito isso”, disse.
Segundo o ex-presidente, a gestão teve problemas internos, segundo ele, por possuir forte oposição. “As pessoas que poderiam apoiar o Iraty, automaticamente dividiu. Aí começou. Você já não teve a unanimidade de todo o pessoal para ir num objetivo. É o tipo de coisa, a pessoa se podia ajudar já não ajudava mais. Se podia criar algum empecilho, criava-se”, disse.
Futebol
Uma das ações realizadas no primeiro ano de mandato de Marcos foi a retomada do time profissional de futebol do IratySport Club. “Fazia cinco, quatro anos que o futebol já tinha morrido na nossa cidade e nós retornamos do zero. Retornando do zero no primeiro ano nós nos classificamos na série C, perdemos o campeonato por detalhe nosso. No último jogo, nós precisávamos vencer o jogo. No primeiro tempo nós estávamos ganhando de 3 a 0, e o pessoal empatou em 3 a 3, nós perde

