Câmara de Irati vira palco para ofensas, bate-bocas e gafes

Por Redação 4 min de leitura

Vereadores acusaram e xingaram uns aos outros durante as últimas duas sessões. Debate intenso aconteceu após questionamento sobre o processo que culminou na absolvição de Wilson Karas

As duas últimas sessões ordinárias da Câmara Municipal de Irati foram marcadas por acusações e xingamentos entre vereadores iratienses.

Os debates acalorados começaram na sessão ordinária do dia 10 de outubro, quando uma carta de repúdio do Diretório Municipal do Partido Verde foi lida durante a sessão. Na carta, Walter Trevisan, presidente do Diretório, repudiou a condução da votação da sessão de julgamento que absolveu o vereador Wilson Karas. “Não estamos questionando o mérito do relatório apresentado, nem mesmo a votação dos membros desta Casa de Leis, e sim a forma processual como ocorreu a votação”, disse em carta.

Na mesma sessão, os vereadores Marcelo Rodrigues, José Bodnar e Hélio de Mello se posicionaram contra a carta. “Não é do meu agrado, porque eu participei da Comissão Processante, tivemos um trabalho onde tivemos a orientação dos advogados; o vereador Rogério Kuhn participou da Comissão de Ética. Se houve algum equívoco, não resta, dentro dessa carta de repúdio, dizer que a Câmara conduziu de maneira errada”, disse o vereador José Bodnar. O vereador Marcelo questionou o envio do ofício. “O repúdio é nosso porque encaminhou o ofício errado”, disse.

No entanto, o pronunciamento do presidente da Câmara, Hélio de Mello foi mais contundente. “Se manifesta agora que não está questionando o mérito. Será? Será que se o resultado fosse pela cassação do vereador estaria se manifestando também. Acredito que é falta de coerência nesta atitude, independente do resultado. Deveria ter questionado a votação no recebimento da denúncia. Acredito ser uma nota tendenciosa. (…) O pior de tudo é quando você realiza um trabalho e algumas pessoas de forma pessoal, tentam denegrir a imagem de uma Casa Legislativa. (…) A impressão senhor Wilson, que é uma perseguição ao senhor mesmo. Acredito que dentro da legalidade e da vontade do que eu quero e do que eu imagino é muito diferente. E essa Casa sempre priorizou pela legalidade, pela transparência. Às vezes, quando existe o torcedor que seu clube perde é muito fácil colocar a culpa no árbitro”, disse Hélio.

O clima esquentou na fala do vereador Marcelo Rodrigues na Tribuna Livre. O vereador Marcelo usou o espaço para questionar o vereador Rogério Kuhn que havia feito um requerimento (junto com o vereador José Bodnar) para retirar de pauta o pedido de anulação da sessão de julgamento – que tinha sido feito por Rogério e seria colocado na pauta. No requerimento, o vereador Rogério disse que reapresentaria na próxima sessão que foi realizada no dia 17 de outubro.

Perseguição?

Durante o seu pronunciamento, Marcelo alegou que quem pede a anulação teria tido tempo de questionar durante o processo. No meio do seu pronunciamento, o vereador Wilson Karas pediu a palavra e acusou o vereador Rogério de perseguição. “A gente é perseguido por uma pessoa, que a gente nunca fez mal, como o Rogério Kuhn. (…) Desde o começo, tudo que vírgula ele achava contra mim. Nunca fiz nada contra ele, e ele sempre me perseguindo. É como falei, eu peguei um câncer e está difícil sair desse câncer, e o vírus tá aí. (…) O que eu tenho contra você Rogério? Não