Evento discute a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Irati
Pensar o futuro da cidade em que vivemos e como a sociedade civil organizada pode ajudar em seu planejamento foi o tema da palestra ministrada pela consultora Márcia Santin no evento realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), na última quarta-feira (11). Entidades e representantes da sociedade civil organizada estiveram presentes durante a palestra.
O evento faz parte das discussões para a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Irati (Codeir) que está sendo desenvolvido pela Aciai. Segundo o presidente da associação, Oscar Muchau, a inspiração veio do exemplo realizado em Maringá. “Estivemos recentemente em Maringá, onde percebemos como funciona esse conselho, chamado de Codem (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá). Ele já funciona há 21 anos, e não foi simples, fácil para eles incrementarem isso lá no princípio, assim como não será conosco. A nossa intenção é de implantar um conselho inspirado no deles”, comentou.
Durante a palestra, Márcia trouxe exemplos positivos e negativos de como diversas cidades lidaram ao implantar o conselho e como a sociedade se engajou para tentar planejar de forma estratégica as ações para as cidades. Segundo ela, muitas cidades tiveram que experimentar situações econômicas difíceis para, de fato, se engajarem e se organizarem. “O que tem levado a sociedade civil a se engajar em algumas cidades é pela dor, pelas dificuldades em ver o seu comércio, o seu serviço declinando, as suas cadeias produtivas terminando o seu ciclo, as ameaças que têm se visto pelas megas tendências, e a própria conjuntura de degeneração política, econômica, ética e institucional que nós vivemos”, disse.
Márcia conta que a iniciativa de pensar junto acontece quando as entidades se unem. “Para que haja esse engajamento, vai ter que se desenvolver o senso de cooperativismo, de confiança, de entender como usar a minha inteligência em prol da cidade”, comentou.
Um dos itens destacados pela palestrante foi a importância da pluralidade no conselho, para que a cidade seja representada em todas as instâncias. Segundo ela, isso ajuda a evitar que o conselho seja usado para fins particulares ou políticos. “A pluralidade de representantes dentro de um conselho como esse, já ajuda muito a minimizar esses interesses políticos, a outra questão é que o risco que um conselho tem, se ele ganhar um viés político, ele simplesmente em poucos anos declina. O risco de você tomar partido político dentro de uma governança como essa é o risco de uma falência de uma governança como tal, que ela já não pensa a cidade, ela pensa de acordo com a visão de um time que é parte e não o integral de toda a cidade”, relata.
De acordo com ela, a criação de um conselho ajuda na resolução de problemas que surgem com o tempo. “Quem não sabe para onde está indo qualquer caminho serve, e nesse qualquer caminho muitos problemas e oportunidades virão. Aí se não há um planejamento, você não consegue se proteger e ser resiliente, e aproveitar as oportunidades e se defender dos desafios dos problemas que virão”, comenta.
Segundo Márcia, após a conscientização, o próximo passo das entidades para a criação de um conselho é a mobilização. “Todos aqueles que

