Recenseadores iniciam coleta de dados na região para o Censo Agropecuário

Por Redação 3 min de leitura

Em torno de 100 profissionais estão envolvidos na região para coletar informações que trarão um retrato de como está a agricultura brasileira

Desde segunda-feira (02), os agricultores de todo o Brasil estão recebendo nas suas propriedades a visita de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles fazem parte de uma equipe mobilizada para realizar o Censo Agropecuário 2017, que trará um retrato de como está a agricultura brasileira a partir dos dados levantados.

Na região de Irati, são em torno de 100 profissionais dedicados a realizar esse trabalho, seja fazendo as entrevistas com os agricultores, supervisionando ou coordenando o trabalho. No país, são quase 19 mil recenseadores fazendo as entrevistas.

Um deles é o recenseador Caio Miguel Viante que conta que o processo está tranquilo nesta primeira fase. “A gente está conseguindo chegar tranquilamente nos lugares. Está tendo uma receptividade do povo porque em certa medida eles ficaram sabendo por intermédio da imprensa”, relata.

Ele conta que os recenseadores ainda estão se adaptando ao aparelho eletrônico chamado de Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), usado para a coleta de dados. “A gente está num processo embrionário, estamos nos adaptando ao aparelho. Acredito que esse desenvolvimento vai acontecendo, embora o treinamento já tenha sido realizado com sucesso”, comenta.

O aparelho DMC permite que a coleta de dados seja totalmente digital. O equipamento ainda possui GPS, o que permite o rastreamento do recenseador e do local em que está sendo feita a entrevista.

O recenseador localiza os pontos pré-cadastrados no sistema a partir da tela do DMC, que usa base de dados do Censo Agropecuário 2006 e o Censo Demográfico 2010. No entanto, o recenseador também pode incluir novos pontos que encontrar.

A possibilidade de rastreamento do recenseador trará a oportunidade de atualizar os mapas das estradas rurais, especialmente os acessos secundários que ainda não estão atualizados nos mapas dos municípios. “Com o rastreamento do GPS, a gente espera não só mapear os pontos dos estabelecimentos, mas mapear as estradas rurais também, porque vai ser coletado o rastro do recenseador. Com isso a gente espera ter um detalhamento melhor”, explica o técnico Carlos Eduardo Jarema Bozza.

Carlos Eduardo ainda explica que os dados coletados ficam no aparelho até serem transmitidos para o sistema através da internet wireless. Como o censo é realizado no interior do Brasil e há localidades em que não há sinal de internet, o aparelho permite que o recenseador faça essa transmissão em outro momento. “Ele vai, coleta a informação, volta para a casa dele, ou se morar em área rural e não tiver internet, pode pegar emprestado da prefeitura. Os dados são guardados temporariamente no aparelho e criptografado para garantir o sigilo do entrevistado. Até a transmissão do setor, os números parciais continuam no aparelho. Fechou o setor, transmitiu, sai do aparelho e fica no sistema”, disse.

A agente censitária supervisora, Thais Szczepank, explica que as dificuldades devem aparecer ao longo do processo. “Estamos começando os trabalhos. Por enquanto ainda não encontramos muitas dificuldades. Eles ainda estão recenseando perto dos centros urbanos, por isso o acesso está bom. Conforme vai ocorrendo os locais mais remotos, eles vão tendo mais dificuldades”, relata.

O chefe da agência IBGE de Irati, José Leocádia Pedroso, disse chegou haver problemas na informatização, mas o problema foi solucionado. “Começou bastante corrido. Estava com dificuld