Falta de chuva traz preocupação a produtores
O longo período sem chuvas em todo o Paraná preocupa os produtores de diferentes culturas que preveem prejuízos em suas lavouras. Em Irati não é diferente. A última precipitação foi em 12 e 13 de agosto passado. Neste mês não ocorreram chuvas.
Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), na região de Irati, a partir de dados da estação Fernandes Pinheiro, comparativamente, o mesmo período do mês de setembro de 2016 registrou 69,2 mm.
De acordo com o mesmo órgão, apenas a partir de sábado há previsão de chuva, e mesmo assim, pancadas isoladas, insuficientes para suprir o déficit hídrico.
O secretário municipal de agricultura, Raimundo Gnatkowski explica que “este momento, na saída de inverno, é o período de plantio da cebola, fumo, e outras culturas, através de mudas. Com a estiagem, a muda acaba passando a fase ideal, prejudicando a produção”.
O secretário também comenta que a situação atual acaba onerando nos custos, obrigando o produtor a ter gasto maior.
“Onde vamos, a preocupação com quebras na produção é muito grande, seja fruta, verdura ou fumo. Até o plantio de soja e feijão está atrasando. Mesmo com o emprego da irrigação, a falta umidade do ar continua sendo um problema que afeta a qualidade e quantidade da produção”, finaliza Mundio.
Olericultura
Marcio Antonio Kavilhuka é produtor de hortaliças há aproximadamente 20 anos. Atualmente alface, brócolis americano e couve-flor são as culturas com mais expressão em sua propriedade, na Serra dos Nogueiras. Perto de dois hectares estão destinados à olericultura.
Segundo ele, a última chuva, há cerca de 40 dias, em muito pouco auxiliou o déficit hídrico em Irati. “Inclusive já estamos racionando água na irrigação, molhando só à noite para planta aproveitar mais”, observa o agricultor que se utiliza de um tanque próprio, e já viu o nível cair consideravelmente.
“Também estou diminuindo em torno em 30% o pedido de novas mudas, pois plantar e não ter como colher, é prejuízo certo”, complementa Kavilhuka.
Fumo
O fumo é outra cultura que acaba sofrendo forte impacto com a ausência de chuvas. Márcio Gnatkowski, residente no Camacuã, é fumicultor há 12 anos. Hoje possui 60 mil pés de tabaco, ou cerca de 4,2 hectares da cultura.
Segundo ele, a variedade Virgínia, plantada em toda região, já está sendo comprometida. “Com a seca, já estamos começando a atrasar o plantio. Esse atraso afeta o ciclo da planta e vai diminuir a produção, pois haverá menor volume de folhas”, explica o fumicultor.
Ele também cultiva, em sua propriedade, repolho, brócolis e couve-flor, culturas altamente sensíveis à falta de chuva. “A irrigação aumenta custos, mas em casos assim não há alternativa”, diz Gnatkowski.
Leite
Com relação à bacia leiteira, a estiagem prolongada afeta de forma diferente os produtores e no principal assunto: o custo.
Antonio Bartiko é produtor de leite há cerca de 20 anos, mora na serra do Rio Corrente, e hoje mantém 25 vacas leiteiras e cuida da criação de 30 novilhas e terneiros. Se

