Richa fala que delação é mentirosa e que processará dono da Construtora Valor

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Na última semana, ocorreu a divulgação da delação premiada feita pelo dono da Empresa Valor, Eduardo Lopes de Souza – que havia sido preso pela Operação Quadro Negro em 2015. Ainda não homologada pelo Supremo Tribunal Federal, a delação cita o governador Beto Richa, além de deputados estaduais.

O dono da Construtora Valor afirmou que os recursos desviados de obras em escolas estaduais paranaenses foram repassados a lideranças do PSDB para que fossem utilizados na campanha de reeleição do governador Beto Richa (PSDB), em 2014.

O governador se manifestou, em entrevista coletiva na segunda-feira (04) e afirmou que “é mentira”. Ele ressaltou que foi a própria Secretaria de Estado da Educação que, em abril de 2015, detectou disparidades em medições de algumas obras de escolas e abriu uma auditoria interna, depois repassou informações à Polícia Civil, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado – que resultou na Operação Quadro Negro.  Richa também informou que processará o delator.

Eduardo Lopes de Souza disse, em delação, que teria participado de reunião na casa de Beto Richa para acertar detalhes sobre como faria os repasses destinados à campanha eleitoral. Entretanto, não foram apresentadas provas, pelo delator, quanto ao que foi dito.

Em nota oficial, o governador afirmou que “nunca teve qualquer contato com o senhor Eduardo Lopes de Souza e sequer fez ou pediu para alguém fazer qualquer solicitação a essa pessoa para a campanha eleitoral de 2014. Todas as doações eleitorais referentes à eleição de 2014 seguiram a legislação vigente e oram aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Multa e pedido de indenização

Outros fatos comentados pelo governador são que a construtora Valor foi multada e há processos judiciais impetrados pelo Estado, em andamento, solicitando o ressarcimento dos prejuízos causados.

A empresa foi multada em R$ 2.108.609,84 e declarada inidônea para participar de licitações com a administração púbica. Quanto aos processos, a nota oficial afirma: “Seguindo determinação do governador, a Procuradoria Geral do Estado também entrou com ações civis públicas na 1.ª, 4.ª e 5.ª Varas da Fazenda Pública por dano ao erário contra a construtora Valor e pessoas ligadas à empresa, incluindo o senhor Eduardo Lopes de Souza. Os pedidos de indenização pelos danos causados ao Estado somam R$ 41.091.132,80. Há ainda ações de improbidade administrativa contra os envolvidos, que também buscam ressarcimento dos cofres públicos”.

Texto: Da Redação/Hoje Centro Sul