Semana de Pedagogia alerta sobre cuidados com os direitos humanos no uso de inteligência artificial
Na última semana, o Departamento de Pedagogia do Câmpus de Irati (Deped/I) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) realiza a XVI Semana de Estudos do curso de Pedagogia (Seped). Norteado pelo tema “Inteligência Artificial e Direitos Humanos: ética, tecnologia e formação humana”, o evento traz palestras, mesas redondas e apresentações de trabalhos científicos no Câmpus de Irati e no Câmpus Avançado de Prudentópolis.
“A escolha do tema se deu por conta do avanço que a Inteligência Artificial (IA) vem desenhando no cenário educacional e social vigente”, explica a coordenadora geral da Seped, professora Sheila Fabiana de Quadros. “Discutir sobre os avanços tecnológicos e as variadas formas de gerir a IA permitem que o humano seja percebido enquanto construto essencial da sociedade, e não o contrário”, sublinha a docente.
Na abertura da Seped, na segunda-feira (17), a programação foi de conferências. Em Irati, a técnica em assuntos educacionais do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Mônica Simião Pinto, falou sobre as possibilidades da IA e os cuidados com os direitos humanos durante o seu uso.
“A gente tem visto muito essa inteligência artificial chegar dentro das escolas e, às vezes, ainda não sabemos lidar com essa nova tecnologia”, contextualiza Mônica. “Essas ferramentas podem sim ser utilizadas, mas precisamos trabalhar com um letramento dela, no sentido de não violação dos direitos humanos. Além disso, devemos sempre lembrar da figura humana como protagonista na ação”, defende a palestrante.
Simultaneamente, o professor Paulo Fioravante Giareta, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), palestrou para estudantes de Pedagogia em Prudentópolis. Ele abordou a ética no trabalho e na educação com IA.
“Os desafios, diante do avanço da Inteligência Artificial, são muitos, especialmente, quando falamos em garantir direitos humanos. Por exemplo: como avançar no uso de IA sem excluir pessoas do coletivo e do colaborativo? Como o uso da IA pode contribuir para a redução das desigualdades sociais?”, questiona o docente da UFMS.
Assessoria Unicentro
