Operação da Adapar visa baixar incidência e reforçar prevenção e controle de doença dos citros

Por Redação 3 min de leitura

Como atividade de conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle do HLB (Huanglongbing), também conhecido como greening, uma das principais pragas que afetam os citros no mundo, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) iniciará uma operação integrada nas regiões de Cornélio Procópio e Londrina, no Norte do Paraná.

A força-tarefa, que visa Baixar a Incidência do Greening (Operação BIG Citros), será concentrada entre os dias 12 e 16 de maio, mas terá continuidade posteriormente com novas ações. A Adapar já tem um mapa identificando alguns focos da doença nessa região e fará trabalho de conscientização. As plantas hospedeiras que apresentem sintomas do HLB e que tenham idade de até 8 anos terão que ser obrigatoriamente cortadas. 

Para as demais plantas em um raio de 4 quilômetros do local do foco, a erradicação é facultativa, mas o produtor terá que fazer o manejo efetivo do vetor. O trabalho será realizado tanto em pomares comerciais quanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar.

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“O Norte do Paraná mostrou há muito tempo vocação também para a atividade de fruticultura, e a produção de citros está crescendo e tem espaço para se desenvolver ainda mais. O governo do Estado participa desse desejo e está aqui para ajudar na união de forças no combate ao greening”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes. “Temos de fazer isso da forma correta porque senão todos perderemos”.

Segundo a coordenadora do programa de Citricultura da Adapar, Caroline Garbuio, o greening é uma doença com potencial para inviabilizar a citricultura do Paraná e do Brasil, com forte impacto nas economias regionais.

“Nosso foco está em conscientização, fiscalização e reforço do trabalho no campo, visto que a atuação precisa ser coletiva, pois o inseto pode transitar por várias propriedades”, disse Caroline. Ela reforçou que não há cura depois que essa doença é detectada em uma árvore. Por isso o controle precisa ser preventivo, iniciando com a compra de mudas de fornecedores autorizados e nunca de vendedores ambulantes, que atuam de forma ilegal.

“Os citricultores precisam se conscientizar da necessidade da eliminação das plantas cítricas com HLB, do controle efetivo do inseto vetor e da eliminação sistemática de plantas doentes”, afirmou. “Isso é fundamental para reverter a atual tendência de aumento da incidência da praga”.

Redução

O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. No Brasil, a bactéria Candidatus Liberibacter spp é o agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas (além de outras, como a murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp)  e é transmitida pelo psil&iacu

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