Programa oferece bolsas para aproximar acadêmicos das salas de aula e motivar a docência
Promover a formação de novos professores por meio da inserção dos acadêmicos das licenciaturas no cotidiano das escolas públicas brasileiras. Esse é o objetivo do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), iniciativa implementada pelo Ministério da Educação (MEC) há 15 anos, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Desde a sua primeira edição, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) integra o programa, que chega hoje a mais 200 instituições de ensino superior do país.
Nesta terça (25), no Câmpus de Irati, a Unicentro realizou o primeiro dos encontros com os alunos “pibidianos”, professores e escolas para marcar o início das atividades de 2025 nas cidades atendidas pelas suas unidades universitárias. “A gente sabe que um país melhor é aquele que investe no professor. Por isso todos juntos – pibidianos, supervisores, coordenadores e escolas – vamos mostrar que é a educação que transforma uma nação”, celebra o professor Fábio Hernandes, reitor da Unicentro.
👉 Receba as notícias do Hoje Centro Sul no seu celular
Só neste ano, 360 alunos das 12 áreas de licenciatura da universidade atuam pelo Pibid em instituições de ensino básico públicas da região. Entre bolsas de iniciação à docência, supervisão e coordenação, são cerca de R$ 8 milhões de reais destinados pelo MEC à Unicentro durante os dois anos do edital atual.
Coordenador Institucional do Pibid, o professor Aurélio Bona Júnior destaca que essa é uma experiência formativa diferenciada, porque desde o primeiro ano do curso os acadêmicos já desenvolvem as atividades nas escolas. Para ele, esse envolvimento tem um efeito direto na baixa evasão universitária entre os participantes do programa, que não chega a 5%, em um cenário em que a média geral das licenciaturas no país gira em torno de 50%.
“A grande contribuição do Pibid, além de ser uma ajuda financeira, é justamente apoiar e incentivar a construção da identidade docente. O maior fator de evasão, segundo as pesquisas, é não se identificar com o curso. E o programa tem atuado de forma muito importante nessa história”, afirma.
Segundo dados preliminares de um levantamento realizado pela coordenação institucional do programa na Unicentro, dos 263 entrevistados, mais de 26% afirmaram que passaram a querer ser professores durante a vivência no projeto. “É uma realidade que muitos iniciam um curso superior sem necessariamente estarem inclinados para essa profissão. Então o índice de permanência no Pibid é alto justamente porque desde o primeiro ano eles podem estar na sala de aula e é ali que eles descobrem o desejo de ser professor. Muitos desistem no início do curso porque esses primeiros anos são teóricos e eles não se enxergam trabalhando com isso. Mas o contato com a realidade da escola faz toda a diferença”, ressalta o professor Aurélio.
Pró-Reitora de Ensino, a professora Karina Worm Beckmann parabenizou os pibidian