Transporte coletivo deverá voltar a funcionar em breve em Irati. Mas como está a situação da concessão desse serviço?

Por Redação 3 min de leitura

De acordo com a Transiratiense, os débitos com os funcionários serão quitados ainda hoje (31/01) ou na segunda-feira (03/02) e será solicitado ao Sintropas que realize assembleia com os 22 motoristas e cobradores para o fim da greve. Mas, antes de se chegar a esta definição houve um pedido de auxílio ao Município, feito tanto pela empresa como pelo sindicato. Com isso, veio à tona a ilegalidade do repasse de subsídio, pois em 2021 foi assinado um “Termo de Ajustamento de Conduta” (TAC) perante o Ministério Público (MP) devido a inexistência de licitação para o transporte coletivo na cidade. De acordo com o inquérito há “eventual irregularidade no transporte público no Município de Irati (monopólio, ausência de licitação e precariedade dos serviços prestados diante das poucas linhas e pontos de embarque, elevada tarifa)”. Por isso, no TAC, o Município se comprometeu a fazer a licitação, abrindo a concorrência, o que não ocorreu desde 2021. O atual prefeito Emiliano Gomes afirma que fará a licitação para “resolver de uma vez por todas a questão do transporte público”

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Quem utilizava os ônibus da Transiratiense para se locomover, precisou encontrar outra alternativa de transporte nesta semana, pois na segunda-feira (27), os 22 motoristas e cobradores da empresa entraram em greve por tempo indeterminado.

O Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos em Veículos Rodoviários de Passageiros Urbanos, Municipais, Metropolitanos, Intermunicipais, Interestaduais, Internacionais e de Fretamento de Ponta Grossa e Região (Sintropas), que representa a categoria, informa que o motivo da paralisação é a falta pagamentos.

“A greve ocorre em função da falta de pagamento do salário e do cartão-alimentação de dezembro e pelo não pagamento do 13º salário. Além disso, a empresa já está há seis anos sem depositar o FGTS dos funcionários. A Transiratiense conta atualmente com 22 trabalhadores entre motoristas e cobradores”, informa o Sintropas.

O presidente do sindicato, Luiz Carlos de Oliveira (Luizão), defende que os funcionários da Transiratiense não voltarão a operar os ônibus até que sejam pagos.

“A greve sempre é o último recurso, e o movimento grevista vai continuar até que a empresa pague 100% do que é de direito dos trabalhadores”, destacou Luiz Carlos de Oliveira (Luizão), presidente do Sintropas.

O diretor administrativo da empresa Transiratiense, Sérgio Ricardo Zwar, reconhece que os pagamentos dos salários não foram feitos integralmente e que está trabalhando para quitar as dívidas com os funcionários e colocar um fim à greve o quanto antes. “Existe a possibilidade de conseguirmos recursos oriundos de fontes externas da empresa para poder pagar isso que devemos para os funcionários, talvez amanhã [sexta-feira, dia 31/01], ou no máximo segunda-feira [dia 03/02]. A gente vai quitar e vai entrar com pedido para que o sindicato faça a assembleia e interrompa a greve”, disse Sergio.<

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