Vacina é o meio mais eficaz para prevenção do sarampo, alerta 4ª Regional de Saúde
11 estados do país já possuem a doença que causou um surto no início do ano. 4ª Regional de Saúde alerta para necessidade da vacinação para que a doença não chegue ao Paraná
A vacina contra o sarampo é uma das formas de prevenir para que a doença não chegue ao estado, segundo a chefe de epidemiologia da 4ª Regional de Saúde, Cleusimara Tumasz. “O último caso confirmado de sarampo no Paraná foi em 2000”, relata.
Com a maior circulação das pessoas no país, em virtude das férias e festas de fim de ano, o alerta no setor de saúde aumenta. Estados do norte do país, que ainda vivenciam um surto da doença, já contabilizam mortes. No Amazonas, seis pessoas morreram e mais de 9 mil casos de sarampo já foram confirmados pelo Ministério da Saúde. Os estados de Roraima e Pará também registraram mortes. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Rondônia, Distrito Federal e Bahia são estados que registraram casos confirmados de sarampo.
No Paraná, o índice de cobertura da vacinação está em 95%, o que é recomendável pelo Ministério da Saúde. No entanto, o estado registra uma particularidade. “Nós percebemos, falando no Paraná como um todo e também na região, a falta de homogeneidade. Algumas cidades com uma cobertura boa, acima de 95%, mas outros lugares com uma cobertura um pouco menor, de 80%, de 85%. Aí forma o bolsão de suscetíveis. Nós já temos um percentual de pessoas que não respondem tão bem à vacina. Então, somando àqueles que não tomam, vamos ter um grupo de pessoas suscetíveis e o que se percebeu lá, em Roraima e no Amazonas, é que as pessoas realmente não tinham vacina. A cobertura vacinal deles era precária. Por isso, o surto está de difícil controle”, explica Cleusimara.
No estado, a preocupação principal está nos adultos, especialmente nos que estão por volta de 29 anos. “Nos adultos, a cobertura não é tão boa. Porque muitos desses que já tem 29 anos ou mais não tinham essa vacina disponível quando nasceram, quando eram crianças. Então, eles não têm essa vacina no calendário. Eles devem realmente procurar para se vacinar”, alerta.
Vacina
Atualmente, crianças e jovens adultos recebem duas doses e adultos recebem apenas uma dose. “A vacina do sarampo são duas doses. As crianças a partir do um ano de idade até 29 anos devem ter duas doses, crianças e adultos. E a partir de 29 anos, 30 anos até 49 anos, uma dose é suficiente. Profissionais de saúde devem ter duas doses de vacina, independente da idade”, conta.
Nas crianças, o problema está na segunda dose tomada após o 1º ano. “As crianças com um ano de idade que vão fazer a dose 1, a cobertura é boa. Porque os pais geralmente levam, vão fazer as outras vacinas e acabam fazendo a tríplice viral também. A dose 2 não tem uma cobertura satisfatória”, disse.
Falta
Uma lei estadual obriga que pais ou responsáveis de estudantes apresentem um documento, antes da matrícula, provando que as vacinas das crianças estão atualizadas. Segundo Kelly Kosloski, da Divisão em Vigilância em Saúde da 4ª Regional de Saúde, a demanda acabou gerando um determinado desabastecimento em alguns lugares. “Isso demandou muito as unidades de saúde que não tinham essa procura tão grande. Teve fila, desabastecimento em alguma unidade, temporário, mas nem em todas as unidades”, cont
Publicado originalmente em: 21-dez-18
Fonte: Hoje Centro Sul

