Região mantém a média de nascimentos nos últimos 4 anos, enquanto Brasil enfrenta queda
Enquanto o Brasil enfrenta uma queda histórica no número de nascimentos, com registros atingindo o menor patamar desde 1977, a região de Irati mantém números estáveis nos últimos quatro anos.
Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, resultando em uma queda de 3,5% na comparação com 2021, quando o número foi de 2,63 milhões. Segundo o instituto, este é o quarto recuo consecutivo no total de nascimentos do país, que chegou ao menor nível desde 1977.
Já nos nove municípios da região que compõe a 4ª Regional de Saúde, os números de nascidos vivos mantêm taxas parecidas nos últimos quatro anos. No ano de 2020, essas cidades juntas registraram 2.132 nascimentos; em 2021 foram 2.158 nascimentos; em 2022, 2.166 bebês vieram ao mundo; e em 2023 foram 2.164.
Segundo a chefe da 4ª Regional de Saúde, a médica Larissa Mazepa, os números nos municípios da região são estáveis, o que ela acredita que se deve às políticas de atenção primária à saúde, implementadas em Irati, Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Mallet, Rebouças, Rio Azul e Teixeira Soares. “Eu acho que isso se deve bastante às políticas públicas que foram começando a serem implantadas desde o governo anterior, com as políticas de atenção primária, e com isso pode ser que tenha estabilizado. Eu posso dizer que aqui temos números estáveis na região”, comenta.
Ainda de acordo com dados do IBGE, em 2018, o Brasil havia registrado 2,89 milhões de nascimentos. Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de COVID-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 326,18 mil nascimentos, ou 11,4%. Por sua vez, na 4ª Regional de Saúde houve 2.410 nascidos vivos em 2018. Já a média entre 2015 e 2019 foi de 2.379, uma diminuição de 31 nascimentos, o que representa 1,29%
Comitê de Mortalidade Materno-infantil
Enquanto os números de nascimentos na região mantem-se estável, a médica Larissa Mazepa ressalta uma preocupação vital: os cuidados pré-natais. Ela destaca a importância da atenção à saúde antes mesmo do nascimento, destacando questões cruciais para o bem-estar tanto da gestante quanto do bebê. “No ano passado nos chamou a atenção alguns óbitos materno-infantil e com isso a gente reavivou o Comitê de Mortalidade Materno-infantil. Esse comitê faz um diagnóstico dos óbitos e analisa os prontuários tanto dos bebês que foram a óbito e das mães para saber se esses óbitos eram evitáveis ou não evitáveis”, descreve a médica.
O comitê fica responsável por analisar as causas dos óbitos de bebês e gestantes e dar prosseguimento quando necessário em ações que podem gerar sanções quando comprovada negligência médica. “Se forem óbitos evitáveis, a gente chama o hospital para uma conversa para que isso não aconteça novamente, essa é a nossa primeira ação. Nos últimos 5 anos não tivemos nenhum óbito evitável, somente não evitáveis diretamente”, explica Larissa.
Ela destaca que o tipo mais comum de óbito fetal durante a gestação está diretamente ligado à falta de higiene por parte das próprias gestantes. A médica cita que este triste cenário ainda existe na região, representando uma que

