Pessoas com deficiências superam obstáculos e obtém destaque
Qualquer tipo de deficiência, seja ela motora, física ou psíquica, traz limitações e cada uma tem suasingularidade e especificidade. Mas dois garotos da região conseguiram ultrapassar obstáculos e acreditaram na sua capacidade, habilidade e competência. Eles deram asas à imaginação e seguiram os seus sonhos, mostrando ao mundo que suas limitações são apenas um detalhe.
Josenei encontrou no esporte o caminho para se tornar um dos mais velozes em sua categoria e alcançar conquistas além-mar. Já Edison traçou o caminho acadêmico e está em busca de um doutorado. Conheça as histórias desses campeões.
Superação
Josenei Greczyczyn é aluno da Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE) de Prudentópolis. Ele tem colecionado troféus no esporte. “Josenei começou a praticar esportes na APAE com 11 anos e desde então tem um histórico de conquistas relevantes na modalidade de atletismo. Há 15 anos disputa campeonatos regionais, estaduais, nacionais e internacionais e há oito anos é considerado o atleta com Síndrome de Down mais veloz do Brasil”, conta Wilson Bini Junior, professor responsável por treinar e acompanhar o atleta.
Disputando campeonatos estaduais, nacionais e internacionais, ele coleciona uma variedade de títulos que o levam a cada dia mais longe. Uma das competições mais importantes que participou foi na Itália. “Em 2016 participou do Trisome Games (Mundial Down) realizado na cidade de Florença, na Itália, onde conquistou duas medalhas de prata, uma nos 200m e outra no salto em distância e conquistou 03 medalhas de bronze nos 400m, 4×100 e 4×400 se colocando entre os melhores atletas com Síndrome de Downdo mundo”, conta Wilson que o ajuda a se preparar para um campeonato em Portugal.
O potencial de Josenei foi descoberto através das aulas de educação física. “Nas aulas de Educação Física na Escola Espaço e Vida (APAE de Prudentópolis) observei um grande potencial esportivo desde as primeiras aulas, então treinamos e estamos fazendo isso há 15 anos”, comenta Wilson.
Inclusão
Edison Luiz de Jesus nasceu com atrofia no nervo óptico, condição causada durante o nascimento. O estudante descobriu ao entrar para a escola aos cinco anos que enxergava menos da metade do considerado normal. “A minha vida sempre foi com dificuldade, eu enxergo somente 40%, eu fui descobrir apenas com cinco, seis anos de idade”, diz.
A ajuda de uma equipe pedagógica o auxiliou durante o processo de alfabetização e Edison conseguiu evoluir como uma criança comum no processo de ensino. “Quando eu entrei na escola na comunidade de Bituva dos Machados, em Fernandes Pinheiro, essa dificuldade foi superada graças à ajuda de muitos professores que eu tive durante essa trajetória escolar. Eu me adaptei com essas questões escolares. Eu sempre tive professores que me ajudaram”, explica.
Depois que terminou o ensino médio, Edison resolveu que não poderia parar. Ele acreditava que precisava continuar seus estudos. “Em Irati, eu estudei no Colégio Florestal, fiz técnico ambiental em 2007 e 2008”, diz orgulhoso.
Entretanto, para Edison, toda a conquista adquirida até aquele momento era muito pouco. Foi então que ele resolveu se dedicar ao curso de História. “Foi em 2011 que eu passei no vestibular para Hist
Publicado originalmente em: 27-set-18
Fonte: Hoje Centro Sul

