Secretaria da Saúde reforça a importância da prevenção e controle do diabetes

Por Redação 3 min de leitura

A doença ocorre quando acontece a produção insuficiente ou resistência à ação da insulina. Isso provoca altas taxas de açúcar no sangue de forma permanente, o que pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.

Nesta terça-feira, 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes Mellitus, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção dos paranaenses para a importância de prevenir e controlar a doença, que não escolhe idade para ocorrer. O tema adotado para as campanhas no período de 2021 a 2023 é “Acesso aos Cuidados do Diabetes”.

O Diabetes Mellitus (DM) é causado pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por metabolizar a glicose transformando-a em energia para a manutenção do funcionamento do nosso corpo.

Isso provoca altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. Esse aumento dos níveis de glicemia pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.

Dados

No Brasil, de acordo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 – a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde – o Diabetes Mellitus atinge 7,7% dos brasileiros entrevistados, sendo mais frequente entre as mulheres (8,4%) do que nos homens (6,9%). A incidência tende a ser maior com o aumento da idade, com 19,9% entre pessoas com 60 a 74 anos e 21,1% entre indivíduos com 75 anos ou mais.

No Paraná essa prevalência em pessoas com idade superior a 18 anos passou de 5,8%, em 2013, para 7,7% em 2019, segundo os dados da PNS. O que significa que em torno de 881 mil paranaenses apresentam o diagnóstico da doença.

Diversas situações e condições podem desencadear o diabetes – a maioria dos casos é classificada em Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional. A identificação do tipo é fundamental para o tratamento adequado.

Tipo 1

O Diabetes Tipo 1 se dá quando o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre de forma mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância e adolescência.

O tratamento farmacológico para este tipo, previsto no SUS, envolve medicamentos cujo acesso se dá pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) – Insulina NPH 100U/mL suspensão injetável e insulina regular 100U/mL solução injetável.

Já pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) são ofertadas insulina análoga de ação rápida 100U/mL solução injetável e insulina análoga de ação prolongada 100U/ml e 300U/mL solução injetável.

Renata Orreda, servidora pública, convive desde 2002 com o Tipo 1. Ela era adolescente quando começou a emagrecer, ficar fraca e beber muita água. Uma semana depois desses sintomas, entrou em coma. Foi quando descobriu que teria de incorporar o tratamento para diabetes para o resto da vida.

“Foi tudo muito rápido e sentia muita sede. Em uma noite adormeci e não me lembro de ter acordado. Tinha 15 anos e a partir desse momento tive de mudar por completo meus hábitos. Mudei a alimentação, idas frequentes ao médico, além da aplicação diária de insulina, que tive de aprender. No início foi muito difícil, mas hoje convivo bem”, conta Renata.

Tipo 2

É caracterizado por resistência à insulina e defic